Ubatuba, história e natureza na veia
Devia ser o ano 1972, quando passei pela primeira vez por
Ubatuba, em viagem com amigos do Rio à Ilha Bela, na inauguração da
Rio-Santos (BR-101). Chovia muito e mal paramos na cidade. Desde então, não me
atraía muito voltar, até que o primogênito do meu segundo marido mudou-se para lá.
Foi primeiro para a Praia de Itamambuca,paraíso na terra e point de surfistas, com um
rio em cada extremidade. A exuberância da natureza de Mata-Atlântica é
explicada pela intensidade das chuvas, talvez um pouco menor hoje que no
passado. Depois a família mudou-se para um local mais próximo ao Centro, para
viabilizar a vida escolar dos três filhos. Compraram uma casa simpática num
condomínio gostoso, hoje repaginada por uma reforma tão radical que quase
separou o casal. Valeu a persistência, porém.
A má impressão inicial se desfez por completo. Além da
intensidade da natureza na veia, é um lugar de muita história. Seus primeiros
habitantes foram os Tupinambás, índios que inauguraram a escravização pelos portugueses para o cultivo da cana-de-açúcar na capitania hereditária de São
Vicente. Conhecida então como Aldeia de Iperoig, passou a Vila
Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba em
datas divergentes. Para alguns, 1554, para outros, em 1637.
A maior parte dessa história, contudo, se perdeu. Dos séculos passados ao atual, a especulação imobiliária
e turística acelerou, todavia, a rápida destruição do patrimônio histórico, do
qual restam poucas lembranças, como a do Sobradão do Porto. Este passado é
resgatado pela cultura caiçara, presente nas ruas, edifícios históricos e nas
festas de origem portuguesa. E ainda pela intensidade da Mata- Atlântica, somada à beleza do litoral, que ninguém tasca.
Abaixo, meu olhar dessa estadia no feriadão de novembro, cuja
estrela absoluta é a netinha, com o vestido de bailarina espanhola que ganhou
do avô.
Q lindeza ! A mata Atlântica do litoral norte de Sp e do litoral sul do Rj , é belíssima ! O mar verde é de encher a alma
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