Tempos bizarros
Os neo-subversivos
A cultura brasileira está sob ataque. O ponta-pé inicial partiu do astrólogo, dublê de filósofo, responsável pela nefasta indicação de um anônimo para o cargo de secretário Especial de Cultura. Apesar de sua reduzida estatura, se comparada a de um ministro – ministério que nosso mandatário fez o favor de extinguir – ele tem poder.
Antes da
nomeação, a criatura usou a tática do olavismo-bolsonarismo para sair da
obscuridade: denegrir a nossa maior dama do teatro, Fernanda Montenegro. Virou
manchete da noite para o dia.
Dai em
diante veio o efeito cascata. A nomeação para o comando da Casa de Ruy
Barbosa para outra ilustre desconhecida, alheia ao alto nível requerido naquele
ilustre ambiente, cujo maior mérito, até então, é o de fazer roteiros para a
TV.
E para a plural Funarte foi pinçado um
extraterrestre terraplanista, capaz de associar o rock a satã. Que diz que Elvis Presley e os Beatles são parte de um plano
capitalista burguês para destruir a moral da juventude e das famílias. A Ancine,
por sua vez, destrói cartazes do cinema nacional e censura internamente o filme
“A vida invisível”, indicado do Brasil para o Oscar de 2020.
Na Educação,
caminhamos a passos largos, para trás. A mulher que viu Jesus no pé da
goiabeira foi escolhida a dedo para o cargo de ministra dos Direitos Humanos,
da Família e o Direito da Mulher. Levantou o debate sobre os meninos usarem
azul e meninas cor de rosa; é contra o aborto e anuncia a criação de um canal
para denunciar professores. E professores denunciarem os pais. Também foi dela
a escolha de alguém que considera a escravidão benéfica para comandar a
Fundação Palmares, barrada pela Justiça. Alemanha de Hitler perde.
Já a
ausência de um chanceler nos deixa perplexos diante do anúncio de Trump de
sobretaxar o alumínio e aço brasileiros: como o mandatário pode ser
surpreendido assim pelo seu ‘melhor amigo’?, Essa, afinal, seria uma questão
pessoal ou diplomática? Um doce para quem adivinhar!
Isso sem
falar do mauricinho à frente do Ministério do Meio Ambiente. Além de mentir a
rodo, turbinou os incêndios e desmatamento da Amazônia com a drástica redução
da fiscalização.
E, para
completar, a pobreza intelectual do indicado à presidência da Biblioteca
Nacional, que vê no seu mentor, o astrólogo e pseudo filósofo, o grande mérito de “fazer
reflexões mais livres sem perder o rigor.“
Um amigo jornalista
levantou a lebre de que tudo – entre menções aqui e ali ao AI-5 - é provocação para
gerar uma reação que justifique um golpe. Socorro!!!
Difícil de suportar !
ResponderExcluirE ainda tem Weintraub e outros ...
Tempos bixarros e nefastos
ExcluirVou salvar esse seu resumão. Pra andaf na bolsa e distribuir aos desavisados.
ResponderExcluirMuito triste o que o pais esta atravessando!
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