O resgate das bromélias
Aechmea blanchetiana
Quando o artista plástico Pablo
Menezes começou a plantar mudas de bromélias no Parque Guinle, em 2013, ainda havia uma
sombra em torno das espécies - do gênero botânico da família Bromeliaceae, e subfamília Bromelioidea, assim batizadas em homenagem ao botânico sueco Olaf
Bromelius (1639-1705). A capacidade dessas plantas para armazenar água seria um atrativo aos mosquitos aedes aegypti, transmissores da
dengue. Hoje, porém, o papel de vilã da bromélia caiu por terra, após uma pesquisa da Fiocruz, indicando que elas não representam riscos. E quem
passou a imperar neste nefasto pódio é a abundante goesmina, alga multiplicada
pela proliferação de esgoto nas águas do Rio Guandu, que abastece o Rio de
Janeiro. A tal da goesmina não apenas empresta à água gosto e odor
insuportáveis, como atrai os mosquitos da dengue.
Aechmea tillandsioides
As bromélias, portanto, não têm
nada a ver com isso. Especialmente ao ar livre, quando a água
que acumulam se acidifica ao se misturar a folhas, larvas, coco de passarinho e
tudo o mais que por ali circula. E mosquito não gosta de água ácida, conforme lembra o arquiteto e urbanista José Guimarães, que participa das ações do Parque.
Menezes já colecionava bromélias há 10
anos, quando resolveu introduzir mudas naquela área nobre próxima de onde passou a morar, em
Laranjeiras. “Comecei
plantando meio escondido, com medo de as pessoas levarem, depois ganhei
confiança”, disse ele a um jornal. O resultado não poderia ser melhor: o jardim
ganhou espécies nativas e híbridas, no padrão das melhores coleções internacionais.
O espaço, jardins do palacete construído pelo empresário Eduardo Guinle de 1909 a 1913, foi adquirido pelo presidente Eurico Gaspar Dutra após a morte de Guinle, em 1941. Em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, decretada pelo presidente Ernesto Geisel, a palacete foi cedido ao Estado, para moradia dos governadores.
Desde então, o parque passou por um processo de abandono, resgatado a unha por Nedina Levy a partir de 2006, quando se aposentou. Graças a ela o parque foi devolvido ao público, que ainda por cima tem as bromélias para se deleitar.
O espaço, jardins do palacete construído pelo empresário Eduardo Guinle de 1909 a 1913, foi adquirido pelo presidente Eurico Gaspar Dutra após a morte de Guinle, em 1941. Em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, decretada pelo presidente Ernesto Geisel, a palacete foi cedido ao Estado, para moradia dos governadores.
Desde então, o parque passou por um processo de abandono, resgatado a unha por Nedina Levy a partir de 2006, quando se aposentou. Graças a ela o parque foi devolvido ao público, que ainda por cima tem as bromélias para se deleitar.
Aechmea híbrida
Cerca viva para as aves
Muito obrigado, amei...
ResponderExcluirNosso Parque e a população de Laranjeiras amam as bromélias.. Viva.
E podem continuar amando!
ResponderExcluirIntrépida Celina Côrtes, orquídeas e bromélias norteiam seu amor pela natureza!!!!
ResponderExcluirE otras cositas mas
ResponderExcluirFaz tempo que não vou lá. Irei, animada pelo seu post
ResponderExcluirComo sempre aprendi mais um pouco !
ResponderExcluirÑ sabia que a geosmina atrai os mosquitos da Dengue !