Tolerância X intolerância
Enquanto o presidente Bolsonaro convoca a
população para um ato contra um dos três poderes que sustentam a
democracia – mesma iniciativa já tomada por Maduro, na Venezuela -, um sopro
de oxigênio revigora os Direitos Humanos: a inauguração da Casa Marielle neste domingo, 1º de março, a partir das 15h, no Largo São Francisco da Prainha 58, Centro. E o melhor, com blocos de carnaval, shows e muita alegria para celebrar essa incrível ativista.
A iniciativa é dos familiares da vereadora
do PSOL assassinada em 14 de março – por triste coincidência, véspera da
malfadada manifestação – com o motorista Anderson Gomes, sem que dois anos
depois se saiba quem foi o mandante do bárbaro crime.
“Por aqui vamos te enviar oportunidades de
agir em defesa da memória e do legado da Mari, e formas de lutar por justiça
e regar suas sementes”, antecipa Marinete da Silva, mãe de Marielle.
A Casa Marielle Franco visa buscar justiça sobre
o caso, defender a memória da
vereadora, multiplicar seu legado e regar as sementes que
surgiram após seu covarde assassinato. “Não vamos medir esforços para cobrar
das autoridades que as investigações cheguem ao mandante político desse crime”,
avisam os organizadores.
E no momento em que Bolsonaro deve estar
convocando sua milícia digital formada por um exército de robôs para disseminar
fake news, memes, denegrir reputações e convocar a população para o ato, o Instituto reage: “Nenhuma fake news
será capaz de manchar a história de Marielle. Vamos defender sua memória
para que as futuras gerações sigam lembrando quem ela foi e o que representa.”
A luta será por multiplicar o legado deixado por Marielle, “vamos potencializar e apoiar mulheres, pessoas negras e
faveladas que queiram fazer política, para que os espaços de tomada de
decisão tenham a cara do povo.”
Entre as iniciativas já anunciadas está a
criação do Mapa dos Coletivos, para ampliar a rede de apoio pela conexão
com coletivos, movimentos e organizações do mundo inteiro inspirados em Marielle. Será realizado, ainda, em parceria do Instituto com a Editora Contracorrente, o 1º Concurso Marielle Franco de Ensaios Feministas, aberto às trans, como forma de fortalecer o pensamento feminista.
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