Golpe populista
O antropólogo Luis Eduardo Soares |
O antenado
antropólogo Luiz Eduardo Soares matou a charada. Após a coletiva estupefação que se seguiu ao discurso da última
terça-feira de Bolsonaro, Soares nos brinda com uma lúcida e coerente análise deste comportamento errático do presidente em vídeo que circula pelas redes sociais.
Ao convocar a volta das pessoas às ruas, como se estivesse preocupado com suas
vidas, maquiavelicamente, ele transfere aos governadores – os maiores responsáveis
pelas medidas de contenção - a responsabilidade pela crise econômica que deverá se suceder à pandemia.
Se
Bolsonaro conseguiu convencer seus seguidores mais pobres, moradores de favelas
e das ruas, ele vai empurrar os mais indefesos aos riscos, sem que o poder público tenha como socorrer a evolução
dos graves casos que se multiplicarão. Partidário, ou não, essa conclusão é óbvia, por tudo o que se vê no cenário internacional e na divulgação
de estudos científicos. No meio disso tudo, ele, seus filhos e o malfadado
ministro do Meio Ambiente jogam sujo com Drauzio Varella, unanimidade nacional,
ao divulgar um antigo vídeo do médico, totalmente fora do atual contexto. São as milícias digitais em ação.
Os
panelaços viram rotina. Confesso que não tenho me empenhado após minha primeira
experiência, nesse blog já contada. Hoje, porém, minhas panelas estarão a
postos. O maior problema nisso tudo é a ausência de lideranças confiáveis,
contudo, um afastamento assumido pela vice-presidência já proporcionaria um
respiro ao país.
A pandemia
ressuscitou a memória do duelo entre o mago Merlin e a bruxa Madame Min
– quem se lembra? - , no filme “A espada era a lei”, de 1963. Na luta, eles
transformam um ao outro em animais cada vez maiores, perigosos e diabólicos,
até que Merlin vence a bruxa, quando se torna um vírus que a derruba, doente.
Nesse caso,
porém, a situação não se resume à luta entre o bem e o mal. E sim à luta pela
vida, nesse filme de ficção científica que vivemos, onde acordar a cada dia para
o pesadelo se tornou um desafio.
O Brasil
ainda não chegou ao pico da crise e muita desgraça está por vir. Enquanto isso, ao contrário de tudo o que tem feito Bolsonaro, serenidade, discernimento, compaixão e amor pelo próprio são as melhores armas para enfrentar o que vem por aí.
Drauzio Varella, alvo das milícias digitais |
Luis Eduardo Soares, soldado do bem. No texto da Celina entendemos as estratégias do mal.
ResponderExcluirÓtimo texto o de hoje, como de hábito.
Como ele sabe que haverá imensos prejuízos financeiros e perda de empregos, tirou o corpo fora e deixou o pepino para os que querem enfrentar a pandemia de acordo com as orientações da OMS, como todos os países estão fazendo. É um covarde irresponsável.
ResponderExcluirPor Que quando compartilho vem com o símbolo do Itaú personalista??
ResponderExcluirPodendo agregar , isolamento e compaixão , esse governo canalha, prefere se eximir de sua tarefa , ser responsavel , aplicar as medidas econômicas necessárias como créditos , auxílio aos mais pobres , aos q vivem na informalidade , aos pequenos e microempresários ....
ResponderExcluirResumindo uns merdas incompetentes , populistas venais . Os q o elegeram q o aguentem !!