Salve-se quem puder!
Os moradores
de comunidades e a população de rua são o alvo mais implacável da pandemia,
estatísticas que ainda não começaram a surgir. Questão de tempo. Pequenos empresários que empregam assalariados, porém, também estão na linha de tiro. Ao contrário
dos EUA, que acabam de investir US$ 2 trilhões para salvar a economia e empregos,
e da Alemanha, que investiu 866 bilhões de euros com este mesmo fim, o governo
brasileiro, até agora, nada fez para garantir a manutenção de milhões de
empregos.
Como
exemplo, resumo aqui a história de um guerreiro, que passou cinco anos dividindo
a cama beliche com um funcionário e tomando banho frio de cano. Ele começou
importando equipamento americano para fastfood e, há três anos, migrou para a
indústria chinesa. Até o início da crise mantinha 20 empregos diretos
e 200 indiretos. Seu pesadelo veio da China? Pior que não!
A primeira
rasteira chegou dos bancos privados. Na compra de uma máquina, o cliente não
paga à vista e a parcela em boletos. Na falta de capital de giro, as empresas
descontam esses boletos no banco, pagando juros. Os bancos, por sua vez, retêm
os boletos como garantia. Uma vez pagos, o banco se ressarce. Só que como que
ninguém paga nada, além de não dar nenhum prazo, os bancos debitam a dívida na
conta da empresa, já no negativo. Nessa empresa em questão, o cheque especial foi cancelado. Só que o banco cobra sobre esse saldo negativo os mesmos 14% de juros do cheque especial, já inexistente. Como sobreviver?
O governo, por sua vez, anuncia condições especiais para empréstimos. O
empresário está há dias tentando abrir uma conta na Caixa Econômica (CEF) para viabilizar
a folha de pagamentos. A CEF só enrola. Enquanto o presidente estimula a
população a voltar às ruas, contra qualquer orientação da OMS e da Medicina e bate boca com governadores que adotam o isolamento, o Ministério da Economia
liberal ainda não descobriu a fórmula para salvar os empregos. Em tal inércia
que medidas salvadoras poderão não chegar a tempo.
Na ilusão de evitar o crescimento da dívida
pública, única alternativa em tempos de guerra ou de pandemia como a que enfrentamos, a falta de iniciativas públicas para salvar o que ainda poderia ser
salvo poderá levar o país a índices estratosféricos de desemprego. Salve-se quem puder!
Governo de canalhas , incompetentes, egocentrados !!
ResponderExcluirAbraço carinhoso em todos os guerreiros