Redes superpoderosas


Mark Zuckerberg, quinto homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 81 bilhões, resolveu arregaçar as mangas para ajudar o planeta no combate à Covid-19. “O mundo já enfrentou pandemias antes, mas dessa vez temos um super poder: a habilidade de coletar e compartilhar dados pelo bem”, declarou.
Para isso, as redes sociais participam da difusão de dados coletados pela pesquisa voluntária da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh. A instituição começou a recolher dados em todos os EUA de pessoas com os típicos sintomas da Covid-19, como tosse, febre e falta de ar, para mostrar onde a doença pode evoluir mais seriamente e indicar os hospitais capazes de acolher esses pacientes. Assim, será possível apontar onde a doença cresce ou onde se conseguiu achatar a curva.
Os dados vêm sendo computados entre um milhão de pessoas por semana no país e, com eles, o Facebook publicou o primeiro relatório de mapas interativos, diariamente atualizado. Além disso, as redes sociais multiplicarão o alcance desses resultados ao distribuí-los entre seus seguidores. O passo seguinte do Facebook é a parceria com a Universidade de Maryland, próxima à capital, para replicar a pesquisa globalmente.
“Uma comunidade (como o Facebook) de bilhões de pessoas está em posição única para ajudar pesquisadores e autoridades de saúde para ter as informações necessárias para responder à pandemia e começar a planejar a recuperação”, avalia Zuckerberg, consciente da importância da compreensão de como a doença se espalha a partir de dados de qualidade, “que ajudem os governos a enviar respiradores, equipamentos de proteção pessoal e levantar quais as áreas mais seguras para serem reabertas”.
Ponto para o CEO do Facebook. Pena que ele não teve essa mesma consciência quando parlamentares europeus solicitaram informações sobre as fake news que estimularam os britânicos a votar pelo Brexit. E também preferiu manter em sigilo a origem das falsas notícias que turbinaram a eleição de Bolsonaro. Ele nunca poderia imaginar o estrago que o presidente brasileiro seria capaz de provocar durante a pandemia em seu próprio país. Já os danos do Brexit ainda estão em curso. Nunca é tarde, porém, para fazer o bem.  
Boris Johnson, mentor do Brexit
    
Bolsonaro quebra isolamento e estimula disseminação do vírus


Comentários

  1. 👏👏👏para ele, Marck Zuckerberg , pois como você bem disse nunca é tarde para fazer o bem e,
    👏👏👏 para você, Celina que tão bem colocou a questão do poder de controle nas mãos do Facebook nos episódio do Brexit e similarmente nas eleições de Trump e Bolsonaro.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Starlink dança e Musk surta

Tudo muito inverossímil

Pela Internacional Democrática