Competência X incompetência

A primeira-ministra Jacinta Arden
Enquanto o Brasil patina entre a pandemia e o pandemônio, acossado por um presidente que aos domingos pratica o perigoso esporte de se aglomerar em manifestações, sem máscara, existe um lugar, liderado por uma mulher, que colhe os frutos de sua bem sucedida estratégia. Com 1.504 casos confirmados de Covid-19 e 21 vítimas fatais – ontem o Brasil tinha 374.898 casos e 23.473 óbitos -, a Nova Zelândia, chefiada por Jacinta Arden, usufrui da meta de “erradicar o vírus”, Desde 7 de maio não há novos casos.
As circunstâncias acentuam mais ainda as diferenças. Enquanto o Brasil trocou seu ministro da Saúde duas vezes, antes mesmo de o país atingir o pico de sua curva dramaticamente ascendente e impõe um discurso ambíguo que só faz confundir a população, a Nova Zelândia se tornou um bem sucedido modelo mundial. Se os cientistas e políticos pregavam o achatamento da curva, a primeira ministra tomou a dianteira do esforço nacional, com declarações firmes, capazes de motivar a população a aderir à radical meta de derrotar o vírus.   
O esforço começou pelos 259 mil testes por milhão de habitantes para identificar todos os que tinham sintomas da doença (no Brasil foram 3,5 mil testes até gora). Com isso, foi possível identificar que há um coeficiente de 312 pessoas infectadas por 1 milhão de habitantes. Por aqui, a mesma relação é de 1,7 mil casos por milhão de habitantes. O segundo passo foi o rastreamento e monitoramento de todos os infectados ou com suspeita de infecção. O país da Oceania adotou, por fim, uma combinação entre isolamento horizontal e vertical, com protocolos de quarentena, higiene e lockdown. Aqui, nem é preciso dizer, sequer foi traçada uma estratégia de combate à pandemia pelo governo federal e os governadores e prefeitos que o fizeram foram atacados.
Seria de fato covardia comprar o Brasil à Nova Zelândia, cuja área é próxima à do Rio Grande do Sul, com menos da metade da população gaúcha. O país, rico e com pequenas desigualdades sociais, também repassou dinheiro às empresas para pagar seus funcionários e garantiu apoio financeiro a quem precisava. Isso além de - ao contrário do que acontece por aqui, sob a batuta do temerário Ricardo Salles – preservar seu Meio Ambiente. 
Recente desmatamento na Amazônia
O alto nível de desenvolvimento humano da Nova Zelândia também ajudou a evitar erros tão frequentes no Brasil, como aglomerações em filas e nos bancos. Por lá é tudo digital.
Com 27,7% da população mundial, o Brasil tem 6,6% dos casos e óbitos da Covid-19, enquanto a Nova Zelândia corresponde a 0,03% da população mundial, com 0,01% de óbitos. As informações estão na reportagem de José Eustáquio Alves, publicadas no site Colabora.   
Palmas ao povo neozelandês e sua líder. Vaias ao genocida Bolsonaro, incapaz de liderar o pais nesse momento tão dramático e evitar tantas mortes evitáveis.
Belezas naturais da Nova Zelândia


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