República de bananas
Saia justa do presidente (sem máscara) |
“Provavelmente cometemos um
erro de estratégia que será imediatamente corrigido”. A promessa foi do
presidente, após visita surpresa realizada ontem a um hospital no centro da
capital, mantida em segredo até que o governo conclua o projeto de reforma do
sistema hospitalar, enfraquecido por anos de cortes no orçamento.
Duvidou? O episódio de fato
aconteceu, só que do outro lado do oceano. Foi protagonizado pelo presidente da
França, Emmanuel Macron, em visita nesta sexta-feira ao Hospital Paris Pitié-Salpêtrière. O ministro
da Saúde francês, Olivier Veran, foi convocado pelo chefe a discutir na próxima semana correções salariais do pessoal médico e paramédico na linha de frente ao combate à pandemia. Até então, só haviam sido prometidos a eles bônus de 1.500 euros, ou R$ 10,5 mil pelo câmbio de ontem.
Poster de Macron, com máscara, à frente de um hospital em Toulouse |
Enquanto isso, num certo
país do Terceiro Mundo, cada vez mais com cara de república de bananas, foi
trocado o segundo ministro da Saúde em apenas um mês. A tão temerária medida do chefe de estado do país, que já contabiliza 218.223 infectados e
14.817 óbitos, foi causada pela recusa de ambos para afrouxar o isolamento social e autorizar uso público de medicamento não avalizado pela
ciência (o país não saberá o que fazer com a superprodução da droga encomendada pelo mandatário a seu Exército). E as categorias que receberam aumento foram os
policiais da capital, que já ganham 25% a mais que seus colegas.
No auge da pandemia, o tal presidente priorizou trocar também o ministro da Justiça, o diretor da Polícia Federal e o superintendente de sua cidade natal. Isso para controlar processos que envolvam sua família & amigos.
Este mesmo presidente
visitou esta semana o presidente da Câmara, a quem havia denegrido horas antes
em reunião com empresários, com vistas a estreitar a relação para evitar que
este abra um processo de impeachment contra ele. Cada vez mais enrascado, o
chefe de estado será comunicado – por determinação do ministro do STF – de que poderá
contestar a ação apresentada à Corte por um grupo de advogados, que obriga este presidente da Câmara a analisar um tão temido pedido de impeachment.
Novela mexicana? Não. Vida
real. No Brasil. Seria covardia a comparação com a França? Por que, se o próprio
Bolsonaro nos comparou à Suécia, para sua falta de sorte, país com o pior
desempenho na Covid-19 em relação a seus vizinhos nórdicos?
Que tristeza! Onde vamos parar?
ResponderExcluirO que nos acontece com os atos perpetrados por este que ocupa o cargo de presidente da República é trágico. E provoca muito mal e muita dor com efeitos devastadores sobre a nação brasileira
ResponderExcluir😠😠😠😠😠😠😠😠😠
ResponderExcluirUm pesadelo que parece não ter fim. Está exaustivo.
ResponderExcluirSei que nao se deveria fazer um impeachment atras do outro, mas esse parece ser o único jeito de deter o morticídio que se avizinha
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