Novo antídoto aos óbitos da Covid-19


Em meio aos casos confirmados no Brasil, próximos da trágica marca de um milhão, eis que surge uma boa notícia, embora ainda não a tão desejada vacina. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, que anuncia a chegada do imunizante ao mercado em setembro, conseguiu reduzir em um terço as mortes de pacientes internados com ventiladores mecânicos com o corticoide dexametasona, usado no tratamento de casos graves. Os pesquisadores estimam que se o medicamento tivesse sido adotado no Reino Unido desde o início da pandemia 5 mil vidas poderiam ter sido salvas.

O Brasil também  experimenta a droga em um estudo organizado por hospitais como Sírio-Libanês, Albert Einstein e Oswaldo Cruz.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já passou a recomendar que todos os pacientes internados, seja com ventilação mecânica em UTIs ou que necessitem apenas de oxigênio em leitos de enfermagem, devem receber a dexametasona uma vez ao dia por via oral ou endovenosa. Além de universalmente acessível, a droga é barata, porém, não se recomendada a automedicação e nem seu uso nas etapas inciais da Covid-19. “Sabe o que o corticoide faz com a replicação viral (fase inicial da doença)? Aumenta! Nessa fase é como jogar gasolina na fogueira”, alertou o médico Fred Fernandes pelo Twitter.

A dexametasona não é um antiviral e atua na resposta imunológica do corpo ao vírus, que pode causar inflamação e complicações em pacientes que já apresentam quadros mais graves da doença. Portanto, ela só deve ser usada em pacientes internados. Seus efeitos colaterais incluem riscos de infecção e alterações na glicose. Como já postado aqui, além da dexametasona, a única droga até agora com resultados positivos na redução da mortalidade é o remdesivir, antiviral criado para combater o Ébola.

Já a cloroquina, como se sabe, que já derrubou dois ministros da Saúde por aqui, teve o uso revogado nos EUA e o mui amigo Trump continua a enviar seu estoque encalhado ao Brasil. E como o governo federal não está nem aí para a vida humana, essa semana o ministério da Saúde também passou a recomendá-la para grávidas e crianças. 

Embora a contaminação continue a bater recordes no Brasil, vários governadores já começaram a seguir o 'protocolo' do dr. Bolsonaro para acelerar a flexibilização do isolamento, o que só vai retardar ainda mais a volta ao novo ‘normal’.

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