Talento imobiliário dos Bolsonaro
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Ana Cristina Valle, a ex-mulher |
A
intimidade da famiglia Bolsonaro com falcatruas e negócios escusos envolvendo
imóveis é impressionante, assim como a capacidade do presidente de quebrar
promessas de campanha, a começar pelo afastamento do maior símbolo do combate
à corrupção em seu governo, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Os fatos continuam a
atropelar a promessa. Estão aí os absurdos que envolvem Fabrício de Queiroz, patrocinador mor das rachadinhas do gabinete de Flávio Bolsonaro, o 01, que pagou R$
24 mil à primeira-dama, entre outros investimentos que beneficiaram o clã,
ficou escondido na casa de um dos advogados da família e foi solto por um juiz
amigo do presidente. Sua mulher, que apareceu para 'cuidar' do marido, terá oportunidade suficiente para combinar com
ele todas as versões capazes de inocentar o casal.
E agora,
ficamos sabendo pela Revista Época que Ana Cristina Valle, ex-mulher do capitão
de 1997 a 2008, suspeita de ter sido funcionária fantasma do gabinete de Carlos
Bolsonaro, o 02, comprou 14 imóveis durante o período do casamento – operações que somaram R$ 242,3 mil na época,
hoje R$ 680 mil -, cinco deles em dinheiro vivo.
Após a
separação, Ana Cristina manteve nove imóveis, entre eles, cinco terrenos
em Resende. Vale lembrar que o município sedia a Academia Militar de Agulhas
Negras, tão familiar ao ex-marido. Os terrenos que valiam R$ 160 mil, conforme
declarou o casal, foram revendidos por ela no final da separação por R$ 1,9 milhão.
E agora o 02, que quer desistir da vereância
pelo PSC-RJ para ficar perto do papai, foi presenteado pela mamãe, Rogéria Bolsonaro, outra ex-mulher do
presidente, com o apartamento de seus sonhos em Brasília, bancado à vista por R$
470 mil, pagos por transferência eletrônica (sorte dela que o desejado imposto
de Paulo Guedes ainda não entrou em vigor), conforme a Revista Cruzoé. Carlos
Bolsonaro tem bom gosto: com 37 m², só o acesso ao hall exibe um jardim de
inverno subterrâneo, visível pelo piso de vidro. Fora as duas piscinas, sauna e
churrasqueiras do condomínio.
O clã, pelo
visto, é chegado a negociar imóveis. O MP do Rio de Janeiro apontou indícios de
que Flávio teria usado a compra e venda de 19 imóveis para lavar dinheiro,
entre 2010 e 2017. O então deputado estadual lucrou R$ 3,089 milhões nessas
transações imobiliárias, onde há “suspeitas de subfaturamento nas compras e
superfaturamento nas vendas." De acordo com reportagem de Fernando Molica na
Revista Veja, Flávio teria investido R$ 9,425 milhões na compra dos 19 imóveis – mais
do ele ganhava como deputado.
Não faltam
motivos, portanto, para Bolsonaro, pelo que se vê, fã incondicional das louras, perseguir o controle da Polícia Federal. Antes que seja tarde.
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Rogéria, outra ex, com o filhote Carlos |
Tudo verdade tudo fatos, nada de suspeitas, tudo feito com dinheiro oriundo de fonte certa e já sabida. Ou alguém duvida?
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