Bannon nos quintos dos infernos

 

A  amizade de Bannon e Eduardo Bolsonaro

Durou pouco a prisão de Steve Bannon, padroeiro do populismo autoritário da direita no mundo, solto ontem após pagar fiança de US$ 5 milhões. Assim como Bannon atuou como protagonista das fake news na campanha que alçou Trump à presidência dos EUA, também  teria orientado os Bolsonaro no manejo das ferramentas digitais de acesso ao poder. Em novembro de 2018, na comemoração de seu aniversário, em Washington, conheceu Eduardo Bolsonaro, a quem nomeou informalmente como  "pessoa ícone no combate ao marxismo cultural".

Nessa noite, Bannon disse à repórter Júlia Zaremba que tivera contato informal com a família Bolsonaro durante a campanha de 2018, e que estava "muito bem impressionado com Eduardo e seus assessores", com quem compartilhava "a mesma perspectiva em relação à economia, estabilidade, lei e ordem". Que lei e ordem?

Trump, a criatura, limitou-se a dizer que se sentia muito mal com a prisão do criador. Além de acusado de embolsar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,46 milhões) dos US$ 25 milhões (R$ 142 milhões) da campanha "We Built That Wall" (nós construímos o muro) para a construção do muro com o México, arrecadados com as doações de centenas de milhares de americanos, Bannon foi indiciado por conspiração para lavagem de dinheiro. Cada crime pode levar à pena máxima de 20 anos de prisão.

Integrante do conselho da Cambridge Analytica, acusada de acessar indevidamente dados de milhares de usuários do Facebook nos EUA, Reino Unido e outros países, Bannon também tentou  criar o grupo The Movement, que pretendia eleger líderes que conseguissem conquistar assentos no Parlamento Europeu.

Antes de tudo isso, porém, ele foi banqueiro, produtor de filmes e executivo de mídia. Comandou o site de notícias Breirbart News de extrema direita, do qual virou executivo após a morte do fundador, Andrew Breitbart. Para Philip Elliott e Zeke J. Miller, da revista Time, o Breitbart News "instilava material racista, sexista, xenofóbico e antissemita na veia da alternativa".

Peguntas que não querem calar: Será que essa obscura trajetória vai parar no quinto dos infernos, assim como poderia acontecer com todos os populistas de direita com quem ele colaborou e ajudou a eleger? O que acontecerá com ele se Trump perder as eleições? Será que esse sinistro castelo de cartas vai começar a desmoronar? Não percam os próximos capítulos!

Comentários

  1. Esse estrupício tentou se aproximar da líder francesa da extrema direita (esqyeci o nome dela) mas ela recusou senão teria entrado tam na França. É um canalha e vai ficar na cadeia que é o lugar apropriado para esses bandidos populistas, racistas, ladrões, etc., como os Bolsonaros.

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  2. É inacreditavel que ele tenha cacife pra pagar 5 milhões de dolares de fiança.

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    1. Romildo, boa tarde, amigo. Tudo bem? Esse pilantra ficou muito rico e ainda deve ter aliados que contribuem para sua defesa.

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  3. So o que rle ganhou nas costas dos otários que fizeram doaçoes para o tal muro...

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