Desejos reprimidos
Depois que caiu a ficha de Bolsonaro de que não vai dar para criar o partido de seus sonhos a tempo das eleições de 2022 – até agora ele só conseguiu 21.963 assinaturas das 492 mil necessárias -, ele oscila entre três possibilidades.
O presidente só se filia se oito parlamentares deixarem o partido, entre eles, os arqui-inimigos Joyce Hasselmann e Major Olímpio. Ambos ex-amigos. O que teria levado a dupla a aderir ao capitão e depois rejeitá-lo? Para quem assistia de cadeirinha ao crescimento de Bolsonaro na reta final da eleição, não é difícil imaginar.
Por que será que eles só
acordaram para o que ocorria após prometerem amor eterno?
Todos sabem que Joyce – que já perdeu 20 kg para reconquistar sua beleza
perdida e o eleitorado - rompeu com tanta virulência que botou a boca no mundo
no sórdido esquema de fake news
manipulado pelo clã. Major Olímpio, por
sua vez, traiu o chefe ao apoiar a CPI do STF, capaz de prejudicar o filho 01.
A exigência
de Bolsonaro, contudo, deu com os burros n’água. Bivar lamentou e, assim como ocorre com os 70%, mas não tem
como atender a exigência presidencial. “A legislação eleitoral impede que se
tire qualquer um deles. Não podemos, por uma vontade política que afronta o
resultado de uma eleição, simplesmente expulsar o cidadão”, reproduziu a Veja a
resposta do cacique do PSL ao presidente.
Quer dizer, enquanto os 70% se apoiam em vários argumentos para remover do poder o escolhido pela maioria da população brasileira – como a sequência de irregularidades que envolvem Queiroz com sua família, a total ausência de gestão na Saúde durante a pandemia ou a destruição ambiental que tantos prejuízos vai nos acarretar -, ainda não apareceram atalhos legais para afastá-lo.
Os 70%, contudo, ainda poderão encontrar
os caminhos legais para remover o fascista antidemocrático que nos preside. Ao contrário do PSL, muita água ainda pode
rolar na política brasileira.
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