Malversação escancarada
O aparelhamento da extrema direita está em curso, não é novidade para ninguém. O que causa espanto, entretanto, é nesse momento de tantos gastos com a Saúde, necessários para enfrentar a pandemia, o governo gaste R$ 145 milhões para comprar um satélite – sem informações de licitação - para monitorar o território nacional e sobretudo a Floresta Amazônica, tão devastada pela atual gestão do país. A quem eles estão querendo enganar?
A função já era exercida, com reconhecimento internacional, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que – sob o jugo de Bolsonaro, que desqualificou os dados fornecidos pelo instituto - decapitou em dezembro de 2019 o físico Ricardo Galvão, um dos 10 mais importantes cientistas do mundo naquele ano, conforme a Revista Nature.
A
precisão dos dados do Inpe não interessava à gestão de Ricardo Salles, o mesmo
que enviou garimpeiros de helicóptero ao Pará, fingindo que os passageiros eram
índios.
Os funcionários
do Inpe, portanto, têm todos os ingredientes para compor o dossiê de antifascistas
do ministério da Justiça... Não interessa que exerçam sua função com maestria. O
custo do novo satélite, por sua vez, é 48 vezes maior que a verba de R$
3.03milhões para projetos de
monitoramento da terra e de risco de incêndio, segundo levantamento do Globo.
Para Galvão a situação é clara: “Significa uma perda de protagonismo do Inpe”. Conforme explicou, sempre houve um embate sobre o controle espacial. Cabe ao Inpe o desenvolvimento de satélites e às Forças Aéreas o cuidado com os foguetes.
O
governo brasileiro justifica a operação de seu primeiro satélite para permitir
imagens de radar, sem interferência de nuvens, para monitorar o país. Tudo bem,
seria de fato uma vantagem, se o dinheiro estivesse sobrando. O que não é o
caso.
E se por trás disso, ainda por cima, houver alguma intenção de manipulação dos dados, que afastam cada vez mais eventuais investidores no país – Ângela Merkel já deixou claro que a destruição da floresta põe em risco o acordo Mercosul-UE - , o novo sistema da Nasa aponta focos de incêndio em tempo real e identifica as fontes: 54% do fogo que ardeu a Amazônia foi originado de desmatamento.
Quer
dizer, não vai dar para tapar o sol com a peneira. E a malversação de recursos está aí,
escancarada, para todo mundo ver.
Bolsominions são burros, não vão entender .
ResponderExcluirMas quem está armando essa nao tem nada de burro...
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