Tutti buona gente
A famiglia miliciana que nos governa |
Conforme a Época, a intrincada organização dos gabinetes do clã indicam o antigo hábito de preencher cargos comissionados com funcionários, entre eles milicianos, que sequer apareciam nos respectivos trabalhos.
Dos 286 funcionários que Bolsonaro e seus três filhos
contrataram em seus gabinetes de 1991 a 2019, 39 deles, ou 13%, não
trabalhavam de fato nos cargos que exerciam.
Assim como
Nathália Queiroz, filha do ex-PM e operador do clã, os funcionários exerciam, do lado de fora da Alerj,
outras profissões. Essa turma foi remunerada com 16,7 milhões de salários
brutos, ou R$ 29, 5 milhões em valores atualizados durante o período em que
trabalharam para os bolsonaro.
Enquanto imperava no país a pergunta “onde está Queiroz?”, o ex-PM já tinha sido exonerado do gabinete do 01, logo depois que este virou senador. Nathália, que assessorava Bosonaro na Câmara Federal, também foi exonerada.
Soube-se pela denúncia do ex-aliado e empresário, Paulo Marinho, do vazamento de informações pela PF que teria apressado essas demissões para limpar a barra do clã.
Queiroz foi diagnosticado com um câncer de intestino no Albert Einstein, atendido pelo mesmo médico do advogado da família, Frederick Wassef, na mesma unidade onde Bolsonaro foi recuperado da facada. Coincidências?
Por 19 meses, o ex-PM não
compareceu a nenhuma das convocações para depor no MP, até aparecer, como que
por milagre, na casa de Wassef em 18 de junho, quando foi preso e solto pelo
amigo do chefe.
A quebra de
sigilo de Queiroz pelo Coaf revelou muito mais do que o cruzamento de dados
de 13 ex-assessores de Flávio. Por 11 anos, foram depositados na conta de Queiroz
R$ 2,06 milhões, 69% em espécie. O mesmo grupo sacou R$ 2,9 milhões
em dinheiro vivo. Em 1º de outubro de 2018, Queiroz pagou R$ 6.900 em espécie à escola das filhas de Flávio.
Agora, enquanto Flávio mantém o foro especial que tanto criticou, as investigações se voltam a Ana Cristina Valle, segunda mulher de Bolsonaro, sobre as rachadinhas no gabinete de Carlos, o 03, que não goza do foro privilegiado do irmão (tão criticado pelo mesmo).
De 1998 a 2008, Ana Cristina indicou 18 parentes
para trabalhar no gabinete de Carlos. Em 354 ocasiões, ao menos dois membros
da família foram ao banco no mesmo dia e fizeram saques idênticos. Pior: a situação desaparece após a exoneração dessas pessoas.
Os advogados de Flávio e Carlos dizem que os casos de seus clientes tramitam sob sigilo e negam as
acusações, enquanto o miliciano mor mexe seus pauzinhos para fingir que são todos
‘buena gente’. Assim como os mafiosos
italianos...
Celina, perfeito. Foi exatamente isso que fizeram: roubo, mas uma população que espero diminua muito acha isso normal. Mas a hora desse clã mafioso vai chegar.
ResponderExcluirNão é possível que essa impunidade nao tenha um limite!
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