Nome certo no lugar certo
Depois que
o astrólogo Gilles Verrier abriu uma esperança para o fim dessa tragédia
chamada Bolsonaro, outra porta se abre. Com Kássio Nunes aprovado pela sabatina do Senado, uma das principais intenções do apadrinhamento saiu pela culatra. Um sorteio botou nas mãos do ministro Alexandre
de Moraes a investigação sobre a tentativa de interferência do presidente sobre
a PF, herdada de Celso de Mello.
Desde que Bolsonaro assumiu a presidência passamos por vários momentos em que tudo indicava sua queda. A saída de Sérgio Moro, justamente por essa interferência, foi um deles. Agora vai, pensaram os desafetos, como eu.
Não foi, porém. Não
quer dizer que vá agora. Sabemos, contudo, que esse regime torto ainda tem uma
forte sustentação, sabe-se lá de quem, além dos militares, evangélicos e bolsonaristas fanáticos.
O fato é
que Moraes passa a acumular as três investigações que mais incomodam
Bolsonaro e seus apoiadores: os inquéritos sobre as fake news e os atos antidemocráticos. E já deixou claro que não terá boa vontade com
nenhuma delas, assim como Mello fez o que pode para ajudar a afastar aquele a
quem considera incapaz de governar o país.
Não fosse a
mãozinha de Fux, ao acatar a sugestão de Sérgio Moro, o processo teria ido
parar nas mãos do sucessor de Mello. Só que o presidente do STF decidiu que a
paternidade da investigação ocorreria por sorteio. E para quem não gosta do
presidente, não poderia ter caído em melhores mãos.
Foi Moraes
quem suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da PF, em abril
passado. A decisão do ministro teve como base a amizade de Ramagem com o 02, Carlos Bolsonaro, além de ter sido segurança de Bolsonaro após sua eleição, ainda antes da posse.
Depois, em maio, o ministro determinou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão aos empresários e blogueiros apoiadores de Bolsonaro.
Como Fabrício
Queiroz ainda não tinha sido preso, o presidente reagiu naquele estilo que
tanto agradava ao cercadinho e aos olavistas: "Acabou, porra. Foi o último dia!”,
bradou um indignado Bolsonaro que, até então, ainda contava com a incondicional retaguarda
dos milicos.
Também foi
de Moraes a ordem de prisão a Sara Giromini, por envolvimento nos atos
antidemocráticos. Sim, Bolsonaro foi jantar com o ex-presidente do STF acompanhado
de seu indicado e mexe todos os pauzinhos para blindar seu entorno. Contudo,
o imponderável sempre pode acontecer...
Celina, você é demais. Cada dia mais encantado com o seu estilo de comentar as coisas boas e ruins que nos aparecem. Não começo meu dia sem clicar no bendito link que vem por ZAP. Muito obrigado.
ResponderExcluirUau, que delícia!!!
Excluir👏👏👏👏👏👏👏👏
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