As boas novas da Anvisa


Depois de atrasar a autorização para importação de insumos para a Coronavac e de interromper os testes por conta da morte de um voluntário não relacionada à vacina, a Anvisa deu uma bola dentro. Para acelerar a liberação do uso de vacinas no país, o órgão regulador promete agilizar a análise de laudos, receber informações contínuas sobre as etapas - e não de uma só vez, como ocorria até agora - e permitir que as empresas envolvidas compartilhem informações.

Além disso, os diretores vão dispensar a análise de impacto regulatório e a consulta pública para o registro do produto, devido à sua urgência. "As medidas possibilitarão acelerar a disponibilização à população brasileira de vacinas contra o coronavírus, desde que demonstradas qualidade, segurança e eficácia conforme os requerimentos técnicos e regulatórios vigentes", informou a Anvisa em comunicado.

A agência ressaltou que quanto mais os fabricantes enviarem informações, mais ágil será a análise realizada, que deverá cair para menos de 60 dias – prazo já assustador, diante da escalada de casos e óbitos, já chamada por aqui de uma segunda onda. “Se a empresa enviar 50% (das informações), haveria uma redução de 50% no tempo (de análise)”, disse uma fonte à Agência Brasil.

Para isso, o órgão faz duas exigências: o fornecimento de um dossiê de desenvolvimento clínico de medicamento referente à vacina proposta, protocolado na agência. A outra, que a pesquisa esteja em fase 3 de desenvolvimento.

 Além disso, o fabricante necessitará de dados suficientes de qualidade, eficácia e segurança, capazes de assegurar uma relação positiva entre benefício e risco do imunizante. A Pfizer a a Moderna - ambas com mais de 90% de eficácia - já encerraram a 3ª fase.

E em meio à real possibilidade da chegada de uma segunda onda – como ocorre na Europa e nos EUA -, mais uma boa notícia. Cientistas da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, encontraram “sinais promissores” de que bochechos com enxaguantes bucais poderiam ajudar o matar o coronavírus em 30 segundos.

A descoberta ocorreu antes de um ensaio clínico sobre a Covid-19 em pacientes do Hospital Universitário do País de Gales. Não há evidências, contudo, de que os enxaguantes possam ser usados em tratamentos, porque não alcançam o trato respiratório e nem os pulmões.  Vamos sair dessa!

  

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