Será que a hora se aproxima?


É, meu voto útil para o segundo turno não deu em nada. Antes, pensava em votar direto no Paes, para evitar a qualquer custo a continuidade dessa coisa horrorosa que ai está. Achei que não havia riscos. Agora, porém, acordo. O prefeito ainda se ampara numa emergente categoria de evangélicos, cada dia mais numerosa e poderosa. 

Marta e Benedita já eram. O PDT de Marta não vai apoiar Paes por causa dos desaforos do candidato contra ela na campanha. PT e PSOL, porém, fecham com o anti-Crivella. Contudo, todo cuidado será pouco. Não há hipótese de correr o risco de encarar mais quatro anos dessa desastrosa administração. Ultimamente, entretanto, têm assustado resultados imprevisíveis, turbinados por um uso desonesto das redes sociais, que agora parece mais sob controle. 

O Russomano de Bolsonaro nem sentiu o cheiro de segundo turno, como em outras das três capitais para as quais o presidente pediu votos. E, em meio a uma espantosa abstenção - que mostrou que muita gente ainda respeita o isolamento -, Carlos Bolsonaro, o 02, dessa vez perdeu a primazia na Câmara dos Vereadores para o professor Tarcísio, do PSOL. Meu candidato, Chico Alencar, ficou em quinto. 

Os efeitos colaterais na política provocados pela pandemia se fizeram sentir nos EUA. Em meio a esse sufocante aparelhamento, que já cooptou a PGR, a PF – inquérito empurrado com a barriga-, ministérios da Justiça e Saúde, entre outros. E agora chega à Anvisa, cujo empertigado e arrogante diretor-presidente, Antônio Narras Torres, beira o ridículo e não convence ninguém de sua independência.

Com mais de 165 mil mortos e 5,86 milhões de infetados - dados subnotificados -, Bolsonaro continua estimulado as aglomerações, faz questão de aparecer sem máscara e  desqualifica a provável primeira vacina disponibilizada no país, a CoronaVac. Ele há de pagar caro em 2022.

Sem dúvida que a vitória de Joe Biden foi uma lufada de oxigênio nesse cenário sinistro. Não há dúvidas de que ele assume no dia 20 de janeiro, porém, até lá ainda muita água suja ainda vai rolar...sob os aplausos do nosso presidente, do nosso chanceler e do filho 03, o quase embaixador de Washington, com sua larga bagagem de vendedor de hambúrguer nos EUA. 

Ainda na metade do ano analistas políticos previram: se Trump não for reeleito e os candidatos de Bolsonaro derreterem, como também aconteceu, não vai sobrar nada.  O projeto de poder do presidente vai para o espaço. A hora está chegando. Será?

O bem desponta no horizonte. O mal, contudo, ainda vai aprontar das suas antes de largar a rapadura.  

Comentários

  1. Bolsonaro nem partido tem para se agarrar, faz uma política personalista-populista. Está definhando nos cômodos do Planalto e nem o centrão o salva. A pandemia que se agrava com segunda segunda onda é chamada de CONVERSINHA pelo capeta. Ele próprio se autodesidrata, felizmente.

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