Apocalipse das mentiras

 



O Brasil é o campeão na produção de notícias falsas sobre a pandemia. A conclusão, divulgada pelo Canal do Slow, é resultada da campanha #Pandemiasemfake, desenvolvida pelo Science  e –ela Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN), via Shuttleworth Foundation.

Conforme Estêvão Slow, a era da informação se transformou no "apocalipse das mentiras." Enquanto isso, crescem as iniciativas para investigar esse arsenal que brota nas redes feito praga. A IFCN é uma que orienta o trabalho de checadores no mundo, com um gigantesco banco de dados sempre atualizado sobre fake news relativas à pandemia.

Exemplos dessa infodemia: “Quem se vacinar vai virar jacaré", ou “São Paulo fez um estoque de caixões e agora está com 20 mil sobrando.”  E ainda “Banir a hidroxicloroquina seria uma conspiração da indústria farmacêutica”, entre outras barbaridades.  A iniciativa tem mais de nove mil checadores, em mais de 70 países em 40 idiomas diferentes.

De janeiro a agosto de 2020, os órgãos citados acima checaram fake news em 134 países e rodaram algoritmos em busca de palavras chave relacionadas à pandemia, o que gerou um gráfico. De todos os países analisados, o Brasil é o que aparece mais isolado no mundo. 

Aqui, as palavras chave são Cloroquina, Azitromicina e Ivermectina. As duas primeiras foram pautas mundiais nos primeiros meses da pandemia. Porém, após aprofundar os estudos, mostrou-se que elas não trazem nenhum benefício. 

O mundo virou essa página e os termos sumiram dos noticiários. “O Brasil, contudo, continuou insistindo, congelou no tempo e está em primeiro lugar no planeta quando o assunto é desinformar sobre o tema”, diz Slow. 

Das 176 informações falsas sobre cloroquina, 24 rodaram nos EUA, desde que Trump começou a propagá-la como panaceia para a pandemia. O líder é o Brasil, com 75 notícias falsas em milhões de compartilhamentos.

Levantamento da rede Avaaz.org também aferiu que a população brasileira é a que mais acredita em fake news no planeta. Pesquisa da empresa de cybersegurança Kaspersky, demonstrou que 62% dos brasileiros não sabem distinguir uma informação falsa na Internet.

Pelo visto, os grupos de checagem ainda não chegaram nas vacinas, desdenhadas por Bolsonaro e seu ministro da Saúde. O presidente, por sua vez, já começou sua campanha negacionista, afirmando que não vai se vacinar. Imagine só a mentirada que vem por aí!

PS: A notícia verdadeira é que Crivella está preso!

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