Loucura ou desdém?
Parecem robôs, mas são seres humanos em foto da Catracalivre
“Estamos no finzinho da pandemia”. Em que planeta será que vive o autor da frase? Há dois dias, publiquei aqui um post questionando a sanidade de Bolsonaro.
O comentário poderia ser mais um indício de loucura,
parece, porém, algo pior. Enquanto o presidente se nega a encarar a
realidade da multiplicação de casos e óbitos pela Covid-19, o ministério da
Saúde nega ter comprado a vacina de Oxford - o que é mentira – até agora, a
única a ser oferecida no país.
Enquanto a vacinação começa pelo mundo afora, fica escancarada a incompetência e o desleixo do governo diante da urgência sanitária. Em setembro, o ministro Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, contudo, foi desautorizado pelo presidente, que insiste em brigar com a China e em meter a política nessa questão de vida ou morte.
Os insumos,
como seringas e freezers, também relegados. O uso de máscaras e isolamento - únicas prevenções disponíveis - são desdenhados pelo governante, enquanto a cloroquina encalha nos depósitos.
Com isso, a população é condenada a conviver com a pandemia por tempo indeterminado. Resta saber qual será a reação dos brasileiros, se continuarão a apoiar um presidente que despreza a vida humana ou vão acordar para seu temerário comportamento?
Os médicos já se posicionaram em grupo. Alertam para o que seria esperado de um presidente diante de uma
pandemia dessa gravidade. Reproduzo, abaixo, alguns dos principais trechos do
documento:
“O atraso na campanha de vacinação significa vidas perdidas e precisamos usar a ciência para a tomada de decisão que norteará o que mais importa: a
preservação de vidas de milhares de brasileiros. Esta é a mais importante
tarefa de nosso tempo e todos os esforços devem ser envidados para a sua realização
oportuna, segura e efetiva.”
“Reiteramos o papel fundamental dos quadros técnicos da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) na articulação e coordenação dos eixos de discussão necessários para a definição de uma estratégia de vacinação nacional, em sintonia com o que há de mais atual (...)
O PNI é motivo de orgulho do SUS e da população brasileira, e é
referência mundial em campanhas de vacinação há décadas, graças à dedicação de
seus quadros técnicos e da parceria com entidades científicas e conselhos
ligados à saúde pública em nosso país, garantindo ações baseadas em evidências,
alheias a eventuais cenários políticos de fundo.
E o que fez Bolsonaro essa semana? Inaugurou uma
exposição de roupas usadas pelo casal presidencial e liberou a importação de
armas. Precisa dizer mais?
Sanidade? Lucidez? Este é insano de carteirinha!
ResponderExcluirCada dia fico mais com a pulga atrás da orelha diante dessa prática, dessa atitude do presidente da República tem alguma coisa por trás além de uma grande dose de loucura. Não sei ainda o que é, mas com certeza esse negacionismo, essas atitudes insanas e essa inauguração das roupas fazem parte de algo que não consegui enxergar. De qualquer modo são suficientes para interditar esse sujeito por crime de lesa pátria, a bem da Nação.
ResponderExcluirAs roupas sao uma clara tentativa de desviar a atençao, e a liberaçao dos impostos mais um afago na bancada da bala e no Centrao.
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