Odor putrefato do clã
O brado de que não iria se vacinar – ao contrário do que se observa com a grande maioria de chefes de estado – não seria uma cortina de fumaça de Bolsonaro diante da única alternativa de imunizante estar nas mãos de dois inimigos: o governador de São Paulo e a China. Embora esta última seja nosso maior parceiro comercial.
Como ele
terá se sentido diante da imagem de Joe Biden na televisão no momento em
que foi vacinado? Pior do que para Bolsonaro, só mesmo para o ídolo Donald
Trump, que deixou de lado seu negacionismo no quesito vacina, porém, não teve tempo de faturar essa benesse.
Conforme o colunista Carlos Andreazza, no Globo, dessa vez o estratagema de Bolsonaro visava ofuscar o papel feito pela Abin de investigadora particular de sua família. “Óbvio que o Bolsonaro particularmente cafajeste dos últimos dias é produto do caso Abin”, defende. Pode ser.
Em se tratando do presidente, pode
ser qualquer coisa. Tanto que o tão esperado esclarecimento sobre os R$ 89 mil
depositados por Queiroz na conta da primeira-dama veio essa semana. “O dinheiro
era para mim”. Ok. E de onde surgiu? Por quê? O essencial continuou sem
resposta.
Enquanto isso, aumenta o odor putrefato do clã. Eduardo, o 02, talvez até agora o mais discreto da família, após sua ridícula tentativa de ser nomeado embaixador do Brasil nos EUA, passou a ser alvo de apuração pelo STF sobre suas aquisições em espécie de dois imóveis na Zona Sul.
Por que
será que a famiglia, ex-mulheres do capitão incluídas, tem a estranha mania
fazer aquisições em espécie?
E nesse
momento em que o cerco volta a se apertar em torno de Flávio, o 01, ele
renunciou ao cargo de terceiro secretário no Senado. Era para ser na surdina,
porém, a tramoia do senador para reduzir a pressão no Conselho de Ética sobre
os casos em que ele é investigado, acabou divulgado pela atenta jornalista Andrea
Sadi.
Até fevereiro, quando acontece a eleição do presidente da Câmara Federal, Bolsonaro continuará a distribuir, aqui e ali, pacotes de sedução para garantir a escolha de seu candidato, Arthur Lira.
A impossibilidade de permanência de Davi
Alcolumbre e a derrota de seu irmão Josiel em Macapá, por sua vez, atrapalharam o
presidente. Assim como o inesperado contrapeso da prisão de Crivella, seu candidato nas eleições municipais do Rio.
Realmente Bolsonaro terá de levar sua arte de enganar às últimas consequências no ano que entra, diante do fim do auxílio emergencial e dos resultados – cada dez mais visíveis – de sua total incompetência para gerir a maior crise sanitária do último século.
Estamos quase chegando aos 190 mil óbitos. Agora ele já declarou que eleições em 2022 só se for no papel. Seria o único jeito de roubar..,
Ladrão que rouba salário de funcionário com certeza rouba eleição.
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