Surge a luz no fim do túnel

 


Será que papai do céu vai presentear os brasileiros nessa Natal com a derrocada final de Bolsonaro? O jornalista Guilherme Amado, da Época, prestou o inestimável favor de obter provas do que já se suspeitava: a interferência da Abin, para livrar a cara de Flávio Bolsonaro, nas rachadinhas. Colocar um órgão público a serviço do crime é improbidade administrativa, passível de impeachment.

Outro grave risco que corríamos nesse crescente processo de aparelhamento de nossas instituições foi a definição da lista tríplice para o próximo procurador geral do Rio. O candidato do presidente, Marcelo Rocha Monteiro, ficou em quarto lugar, o que não dá margem ao governador em exercício, Cláudio Castro, nomeá-lo para agradar a Bolsonaro.  

Quem assumir o cargo vai herdar as investigações dos casos Marielle Franco e Fabrício Queiroz. Como se sabe, foi deste último que saiu a denúncia, pelo próprio MP-RJ, de Flávio Bolsonaro por lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de rachadinhas. 

Ontem citei aqui a escalada de órgãos que já estão nas mãos do presidente, como a PF, PGR, Anvisa, GSI, ministérios da Saúde, Meio Ambiente, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Relações Exteriores, Fundação Palmares e a própria Abin. E sempre cabe mais um : a EBC, que Bolsonaro queria exterminar, até perceber que ela pode ser o veículo para sua própria propaganda. 

A próxima ameaça acontece em fevereiro, com a eleição do futuro presidente do Legislativo. Por conta de sua tentativa de prorrogar seu mandato, Rodrigo Maia só começou de fato a trabalhar pela sua sucessão após ter a certeza de que o STF não aprovaria sua continuidade. Com isso, cresce Arthur Lira (PP), candidato de Bolsonaro. O deputado conquista adesões inusitadas, como a do PT, de olho na promessa de Lira de acabar com a lei da ficha limpa, o que garantiria a candidatura de Lula em 2022. Ou seja, joga sujo como seus detratores.

Se Rodrigo Maia até agora não teve a coragem de acatar as dezenas de pedidos de impeachment em sua mesa, quem sabe no apagar das luzes de seu comando ele resolva dar um cavalo de pau? Agora, além da queda de popularidade de Bolsonaro, do temerário desempenho do presidente frente à pandemia, existe uma prova de crime. 

 

 

Comentários

  1. Não sei mais o que dizer. Os níveis de podridão do Bolsonaro não têm limite.

    ResponderExcluir
  2. Essa história da Abin tinha que ir pra frente, o problema é que vai parar no PGR, que só faz o que o chefe mandar...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Starlink dança e Musk surta

Tudo muito inverossímil

Pela Internacional Democrática