Roteiro de morte e destruição

 


Ao menos 70% dos brasileiros não entenderam nada. Por que Bolsonaro negou, desde o início da pandemia, o vírus e as vacinas. A explicação está no receituário da Alt-Right,  ideologia de extrema direita seguida pelo presidente e seus filhos; por Trump, Putin e seus gurus Olavo de Carvalho, Steve Bannon e Aleksandr Dugin.

Quem dissecou as diferentes facetas da direita no planeta foi a pesquisadora e internauta Michele Prado, direitista assumida que não se furta a apontar os erros de movimentos até então em alta no mundo. Talvez agora amortecidos pela derrota de Trump nas eleições presidenciais americanas.

Entre a direita convencional e a extrema direita ela destaca movimentos robustos como a Alt-Right, que alçou ao poder líderes a exemplo de Trump e Bolsonaro e turbinou o Brexit. A base, porém, é uma só: homens brancos e heterosexuais, seguidores das ramificações mais radicais - como as que promoveram o quebra-quebra no Capitólio -, às mais lights.

Aqui, umas dessas correntes defende estimular o caos para provocar a ruptura democrática, como fez Felipe Martins, pupilo de Olavo de Carvalho, na greve de caminhoneiros de 2018 que paralisou o país, antes mesmo de Bolsonaro se eleger. A ideia era chegar a uma situação insustentável que não deixasse outra alternativa senão o fim da democracia.

E, assim como propôs Steven Levitsky, em “Como as democracias morrem”, os autocratas chocam, anestesiam e abrem no primeiro mandato a chamada Janela de Overton, ou naturalização de um fato. 

Ela traz à tona absurdos como duvidar das câmaras de gás durante o Holocausto, para, depois que o tema entra em pauta, duvidar do próprio Holocausto. É mais ou menos o que Bolsonaro fez quando falou do Golden Shower. E, no segundo mandato, instauram a ditadura.

As ideias da Alt-Right, segundo Michele, já fervilhavam no Brasil quando surgiu a pessoa certa para representá-la: um ex-militar subversivo, politicamente incorreto, inflado pela massificação de informações agressivas, chocantes e mentirosas. A facada fez o resto.

Integram esse pacote a negação às instituições criadas no pós-guerra para aproximar e defender a humanidade, como a ONU, OMS e a União Europeia, entre outras. O objetivo é destruí-las. Explica o comportamento de Trump e Bolsonaro, não por acaso, os países onde a pandemia mais grassa.

Eles sabiam o que ia acontecer. Estava no script. Somos o pior, entre 100 países, na condução da pandemia, conforme a Transparência Internacional. Por aqui, só quem ignorava esse roteiro macabro éramos nós, brasileiros. (Fonte: Canal Meio)


Comentários

  1. Quem é o personagem ao lado do 02, ou 03... não sei ao certo?

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  2. Steve Bannon. Quando faço legendas no blog elas acabam se confundindo com o texto...

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  3. Celina, um pequeno reparo. No post vc menciona a data de 1918. Na verdade seria 2018. Mas é que isso tudo é t ao arcaico que a gente pensa estar em 1918 :)

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  4. Aliás, me impressionei mto com a visao dessas entranhas asquerosas

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