Vitória do toma lá dá cá
De onde menos se espera é que não sai nada mesmo. Isso é o que se vê em relação às eleições no Congresso em 1º de fevereiro. Câmara e Senado devem eleger apoiadores de Bolsonaro, em troca de emendas parlamentares e cargos que incluem o ministério da Cidadania, do $ do Bolsa Família.
Deve ser o prêmio do Republicanos – partido de dois filhos do presidente – pelo apoio à ‘causa’.
Tanto na Câmara quanto no Senado. Neste último, os petistas preferiram se aliar a Bolsonaro ao MDB, em incurável mágoa ao partido de Temer.
Mais valem os interesses pessoais que os populares, mesmo nesse momento em que cai a popularidade de Bolsonaro, volta a se falar em impeachment e a trágica condução da pandemia levaria qualquer líder internacional ao afastamento.
É a velha política em ação. A mesma que Bolsonaro prometeu acabar. Cheguei a mandar mensagem a Chico Alencar, que agora nos representa na Câmara dos Vereadores do Rio, sugerindo que o PSOL desistisse da indicação de Erundina para concorrer na Câmara.
Com a gentileza que o caracteriza, ele respondeu que haverá um segundo turno e que Baleia Rossi não é lá essas coisas. Concordo. E se Arthur Lira levar de primeira? Como fica?
O fato é que a manutenção do apoio de Lira a Bolsonaro será cada vez mais cara, em igual proporção à queda de popularidade presidencial. E não será de todo impossível que ele – o único que tem a caneta para abrir um processo de afastamento – chantageie o presidente em troca de vantagens cada vez maiores ao Centrão.
Enquanto isso, a farsa se dissemina nas altas esferas do poder. Aqui e ali, começaram a surgir comentários de que o vice Mourão reclamava da distância de Bolsonaro.
Chegou a defender 'freios' ao presidente e disse que Ernesto Araújo cairia na próxima reforma ministerial, prontamente desmentido pelo chefe, que não aceita “palpiteiros”. Agora Mourão anuncia a demissão do assessor responsável pelos vazamentos e fofocas. Como se fosse tudo mentira...
Diante do desastre que é Bolsonaro, chego a crer que seria melhor um Mourão para tocar o Brasil. Não resta dúvidas de que ele é mais preparado. Contudo, um militar no cargo máximo do país é sempre um risco, para quem passou, não faz tanto tempo, por 21 anos de ditadura.
Esse jogo que ainda está sendo jogado, aponta para prorrogação, vencerá quem tiver maior fôlego e poder de pressão, seja na caneta ou seja nos teclados, vamos ver!
ResponderExcluirSim, o imponderável existe!
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