Por que tantas mortes?

 


Em meio ao relatório do TCU apontando as causas do desastre da gestão de Pazuello, em linha semelhante, o conceituado tributarista Fernando Scaff botou os pingos nos “is” em levantamento ao site Conjur. Principais tópicos:

*Segundo o artigo 3º da lei 6.259, de 1975, o Ministério da Saúde, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), tem a função se coordenar, apoiar  técnica, material e financeiramente, a execução do programa nacionalmente.

*O Brasil participou de quatro estudos na fase 3 das pesquisas, com os laboratórios Oxford/AstraZeneca-Fiocruz, vacina aprovada pela Anvisa em 2 de junho de 2020; do Sinovac Research & Development, em parceria com o Instituto Butantã, aprovada em 3 de julho de 2020; do BioNTech e Wyeth/Pfizer, aprovada em 21 de julho de 2020; e da Johnson-Johnson, aprovada em 18 de agosto de 2020.

 Essa participação daria ao país preferência e agilização na compra das vacinas por preços mais baratos.

*Por meio de MPs, em agosto de 2020 foram gastos R$ 2 bilhões para a compra de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca pela Fiocruz. Em 24 de setembro, outros R$ 2,5 bilhões na compra de 42 milhões de doses de vacina Covax, da OMS, ainda sem registro na Anvisa. Os R$ 4,5 bilhões adquiriram 142 milhões de doses, suficientes para imunizar 71 milhões de pessoas, ou apenas 30% da população.

*Só em 17 de dezembro de 2020 foram destinados R$ 20 bilhões para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina Coronavac/Butantan, tão repudiada pelo presidente. 

Não por acaso, o período coincide com a falta de oxigênio em Manaus e com o término do prazo dado por Lewandowski para a apresentação do PNI. Só pressionado Bolsonaro destinou crédito extraordinário à aquisição de mais vacinas, mesmo assim, ainda em quantidade insuficiente.

*Consta da denúncia ao TCU que não há nenhum centavo alocado na rubrica referente à compra de vacinas em 2021. E assim chegamos à inacreditável marca de 365 mil mortos (até 15/04) pela Covid. (Estatística só existente graças ao permanente levantamento feito, desde junho de 2020, pelo consórcio entre veículos de imprensa e secretarias de Saúde.)

A Saúde não é para amadores, muito menos um veículo para atender interesses que pensam em qualquer coisa, menos na vida dos brasileiros. E Bolsonaro sabe muito bem disso, daí tanto medo diante da CPI da Pandemia.

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