Habeas Corpus agora é moda
“Agora é moda” era uma das canções do premiado elepê “Babilônia”, de Rita Lee (1978). “Matar para não morrer de fome ou “chauvinista para ser homem” estava entre os tais modismos apontados pela então rainha do rock brasileiro.
O hit se atualiza. Agora, depois que Pazuello conseguiu seu Habeas Corpos (HC) para
permanecer calado na CPI sempre que se sentir incriminado, virou moda.
A médica Mayra Pinheiro, a Rainha da Cloroquina, também quer. A sorte é que o depoimento que o ex-chanceler Ernesto Araújo tem marcado hoje não chegou a lhe dar tempo útil para tentá-lo. O STF não tem outra alternativa senão conceder, pelas jurisprudências anteriores.
O ministro Lewandowski, porém, deu o seu jeitinho de encurralar Pazuello: ao calar, demonstra que é culpado, enquanto estará livre para mandar Bolsonaro ao inferno, se assim
desejar.
Ou seja, o Congresso abre CPIs para investigar questões espinhosas que, mesmo que possam parecer óbvias, como essa agora contra a Pandemia, são necessárias para comprovar o que todos já sabem.
E chega a ser patético esse expediente do HC, estratégia
óbvia para tentar melar o alvo da investigação e negar o já feito, além de
buscar o efeito pizza.
Tudo, entretanto, é relativo. Como o país se parte entre apoiadores de Bolsonaro - que, apesar de poucos, ainda são alguma coisa, e o resto -, falo agora do time perdedor. Há cinco anos, para o então deputado federal Eduardo Bolsonaro, Aristides Veras dos Santos, depoente na CPI que investigava a Funai, foi um “covarde” por recorrer ao HC para se calar.
Já o atual secretário-geral da presidência,
Onyx Lorenzoni, atirou, “só bandido usa”, sobre o HC dado a Nestor
Cerveró.
Ou seja, o governo abusa das estratégias que possam lhe restar para escapar do óbvio: houve omissão, incompetência e quiçá
crime sobre a a condução do ministério da Saúde – a pedidos – da mais
grave crise sanitária dos últimos séculos.
Uso a mesma orientação da secretaria de Comunicação ao adotar a expressão tolerada por eles em relação ao morticínio que já levou mais de 436 mil vidas.
Pandemia é palavrão para o Executivo, mesmo que seu significado varie conforme o ponto de vista. Na manifestação de sábado por apoiadores de Bolsonaro, por exemplo, via-se o lema: “Não é pandemia, é comunismo”.
Em que planeta será que eles vivem?
Marisa Castro
ResponderExcluirQue gente estúpida!
Terraplanistas
ResponderExcluirBeg Fernandes
ResponderExcluirEste desgoverno usa de todos os meios, principalmente, ilícitos para se manter no poder e deixar a população entre ratos e baratas. Não só como gado berrando e seguindo para onde o vaqueiro deseja mas, também, como cordeirinho que diz amém a tudo. É mesmo um absurdo o que anda acontecendo neste país. Inexplicável..., infelizmente. E, virou moda, todo ato contra o desgoverno é participação de comunistas. Isto é uma forma de iludir o povo que já não tem educação colegial direita (cortaram as verbas para as universidades) e nem, muito menos, educação política. O Brasil ainda tem muito que aprender... Povo analfabeto é mais fácil de se enganar. Como nos anos 60 existia uma onda de que comunismo era o próprio demônio e não prestava, querem novamente implantar esta ideia. Não devem nem saber o que realmente significa "comunismo". Daqui a pouco vão dizer que comunista come criancinhas. É mesmo uma vergonha...
Tuke Mariano
ResponderExcluirEssa Mayra... é médica ou méRdica? Se ela não entende de MEDICINA, vai entender de IDEOLOGIA?
As leis brasileiras garantem que aqui, o crime compensa, os bandidos são sempre amparados pela lei.
ResponderExcluirEdson Silva
ResponderExcluirBANDIDOS das profundas dos INFERNOS!!