Estamos juntos!
O
Brasil vive duas coincidências com a Índia. É presidido por um negacionista, que investiu mais na economia do que em vidas, e que resultou nas maiores médias de morte por Covid-19 no
mundo. São os únicos que se mantêm com números acima de mil. Por aqui, chegamos
a 2.025 na última quarta-feira, estatísticas que voltam a crescer.
Na
quinta-feira a Índia conseguiu ultrapassar o Brasil nesse macabro quesito, com
média móvel de 3.743 óbitos. Não sei se lá esses números assustadores são
assimilados com a mesma naturalidade com que passaram a ser vistos por aqui, no
embalo de um governo que jamais manifestou sua preocupação com essa dramática escalada.
“Tanto o Brasil quanto a Índia já entraram na
terceira onda da pandemia em número de casos há mais de um mês, e esse
resultado dos óbitos é um espelho do que acontece a partir de um mês atrás. A
circulação do vírus é que gera quase um mês depois essa exacerbação de mortes”,
explica ao Poder360 o cientista Domingos Alves, da USP.
E o que o país ganhou com isso até agora? Não fosse pela alta dos preços das comodities, nossa economia estaria em frangalhos. O desemprego bate recordes, a inflação se acelera e os juros voltam a subir. O Brasil registrou a maior elevação inflacionária em pontos percentuais do grupo das 20 maiores economias do planeta. Em maio de 2020 a inflação anualizada era de 1,9% . Em maio de 2021, atingiu 8,1%, alta de 6,2 %.
Enquanto
o gado faz vista grossa sobre isso, essas são mais do que boas
razões para a população ir hoje às ruas protestar contra esse governo macabro.
Dessa vez a participação promete ser ainda maior e mais colorida, com a adesão do centro
e da direita, grupos que já criaram um movimento para resgatar a bandeira verde e amarela sequestrada pelos bolsomínions. Todos munidos de máscaras e álcool gel!
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