Juntos pela democracia!

 




O AI-5 só seria decretado cinco meses depois. Ainda assim, há 53 anos, a Passeata dos Cem Mil reuniu, naquele mesmo palco, o brado da multidão contra a ditadura militar, as prisões arbitrárias e tortura. Neste sábado 26, no aniversário da data histórica, espera-se que outra multidão volte a se reunir na Cinelândia, a partir das 10h, para gritar em uníssono o seu Fora Bolsonaro, agora turbinado pelo Covaxingate!

O também Dia Internacional de Luta Contra a Tortura é convocado pelos organizadores nos mesmos moldes do 29M e do 19M: todos de máscara, munidos de álcool gel e mantendo o distanciamento possível. Ao contrário do ruído de motocicletas, o encontro promete muita música e alegria. Informalmente batizado de "Sonhos não envelhecem" ou “Geração 68 sempre na luta”, o que não impedirá, claro, que as demais gerações se unam a esse brado pela democracia.

Uma das motivações ao então movimento começou pela invasão do Restaurante Calabouço, no fim de março de 1968, onde estudantes protestavam contra o aumento do preço das refeições. Entre eles estava Edson Luís de Lima Souto, que morreu assassinado, aos 18 anos, por um tiro a queima roupa do comandante da tropa militar. Manifestações se sucederam, sempre reprimidas com violência.

Até que em 21 de junho um ato estudantil, em frente à então sede do Jornal do Brasil, na Av. Rio Branco, terminou com três mortos, dezenas de feridos e mais de mil prisões. Entrou para a história como “Sexta-feira sangrenta”.  A repercussão negativa do episódio para os militares acabou por afrouxar as regras e permitir a manifestação de 26 de junho de 1968, com dez mil policiais de prontidão.

Entre a multidão estavam as atrizes Tônia Carrero, Odete Lara, Eva Todor, Norma Bengel, Leila Diniz e Cacilda Becker (na foto, no auge da beleza, todas já falecidas). Estudantes, intelectuais, políticos e membros da sociedade civil se uniram ao histórico evento. Bateram seu ponto Alfredo Sirkis, Cacá Diegues, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Clarisse Linspector, Eva Wilma e Fernando Gabeira, entre outros.

Em 13 de dezembro de 1968 teve início o mais sangrento período da ditadura militar, com a decretação do AI-5 – o mesmo que seguidores de Bolsonaro querem resgatar. O próximo evento nacional será em 24 de julho, no Rio, em frente ao Monumento de Zumbi, 10h. Viva a democracia!

Comentários

  1. Silvia Joas Erdos
    Hj teria sido uma bela data !!

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  2. Claudete Santos Dos Santos
    DITADURA NUNCA MAIS

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  3. Ana Maria Vieira Serafim
    Guerreiras ,eu me lembro bem 🤩

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  4. Maria Christina Monteiro de Castro
    Viva! que foto, esta! viva como se fosse de hoje!

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  5. Maria José
    Fora Bolsonaro o corrupto dos CORRUPTOS .

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  6. Ana Maria Vieira Serafim
    Guerreiras ,eu me lembro bem 🤩

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  7. Claudete Santos Dos Santos
    DITADURA NUNCA MAIS

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