Declínio da sociedade falida
Lembra aquela imagem do país do carnaval, da alegria e das belezas naturais? Esquece. Na pesquisa Broken-System Sentiment in 2021 da empresa Ipsos feita entre 19 mil participantes,de16 a 74 anos, em 25 países, os brasileiros lideram a sensação de declínio (69% para a média global de 57%) e de viverem em uma sociedade falida (72%, para 56%).
Os números não surpreendem, diante do
cenário crítico vivido pelo país durante a pandemia. Como tem vindo à tona na
CPI da Covid, o negacionismo que, agora se sabe foi a cortina de fumaça para a
aquisição das vacinas superfaturadas, causou um número de óbitos muito acima do que deveria ter ocorrido.
Eleitores e não eleitores de
Bolsonaro assistem atônitos ao cenário de um governo sem nenhum projeto ou que não seja o da reeleição. E, para isso, subverte todas as
promessas de campanha, como se elas não passassem de acessórios, como de fato
foram.
O deslocamento do chefão do PP ao coração do governo abre espaço para a entrada em cena na CPI – único bastião de resistência da oposição, ao lado de um STF que já começa a receber os indicados do capitão – de Flávio Bolsonaro. O 01, que volta e meia ajudava a tumultuar o ambiente, deve vir com tudo para proteger o papai de seus mal feitos.
Será que ali também passará a predominar o imobilismo?
O ambiente cinzento que impera no país, portanto,
se reflete no levantamento. "Espero que a pesquisa cumpra o papel de dar
um chacoalhão. A crítica (às instituições políticas) é generalizada no mundo,
mas não de forma tão aguda quanto no Brasil", diz à BBC o porta-voz da
Ipsos, Helio Gastaldi.
Para ele, predomina no país “um
sentimento de decepção e insegurança. Passa uma ideia de grande preocupação com
o futuro”, completa.
A
pesquisa aferiu ainda que 82% dos brasileiros acham que a elite política e
econômica não se importa com as pessoas que trabalham duro. Três quartos dos
entrevistados (76%) acreditam que a principal divisão da sociedade do Brasil é
entre cidadãos comuns e a elite política e econômica.
Talvez isso ajude a entender por que 74% dos entrevistados - a média é 64% - concordam com a frase "o Brasil precisa de um líder forte para retomar o país dos ricos e poderosos".
Ou seja,
o Brasil ainda parece esperar soluções mágicas de líderes milagrosos. “O mais
produtivo seria fortalecer as instituições com mais participação popular”, propõe Gastaldi.
Aparecida Cavini
ResponderExcluirQuem quer participação popular?
A maioria é ignorante não tem leitura metade da população está dentro das igrejas neopentecostais que aliás desde a década de 80 estão bem aparelhadas com TV/ mídias seu favor. A população adormecida, pensando que o ruim está bom, não voltam atrás na sua decisão. Cegos, surdos e loucos. Triste 😔 Esta geração que virá nascerão mais crianças com esta mentalidade, pais pressionados pelos pastores não permitem que usem contraceptivos. O ciclo continua.
Maria Christina Monteiro de Castro
ResponderExcluirque tristeza, que desalento, que decepção. Sou de uma geração que viveu sim a ditadura, mas que efervescência! que confiança no país! não sei onde ou quando nos perdemos (ou se é rabugice de velha....)...
Celina Côrtes
ResponderExcluirMaria Christina Monteiro de Castro Nós que passamos por isso temos a certeza absoluta que não queremos passar de novo!
Maria Christina Monteiro de Castro
ResponderExcluirVerdade, mas havia uma raiva, uma gana, garra...O dinheiro ganhou força demais me parece...não sei
Celina Côrtes
ResponderExcluirMaria Christina Monteiro de Castro Estou fazendo um curso do Daniel Aarão Reis e me surpreendi com a aprovação generalizada ao golpe, até da igreja. Ulisses participou da Marcha pela Família! Por outro lado a educação era de melhor qualidade e as reações mais veementes. Os jovens estavam menos anestesiados pelas redes sociais...
Moacir Medeiros
ResponderExcluirO Demônio vai cair 🙏🙏
Telma Capelo Magalhaes
ResponderExcluirTristeza 😰😰😰