Reações em Brasília às 'férias'

 


Enquanto Bolsonaro aproveitavam a Assembleia Geral da ONU para fazer campanha pela reeleição e proporcionar boca livre aos seus 50 em Nova York, Brasília se movimentava. Segundo a colunista Vera Magalhães, pode vir da ministra Rosa Weber a pedra de cal sobre o tal orçamento secreto.

Weber estaria disposta a revogar as emendas do relator, que alçaram Arthur Lira a homem mais poderoso da República, e  o impedem a abertura de um dos 131 processos de impeachment contra o presidente adormecidos em sua gaveta.

Seria uma versão atualizada do que foi o mensalão, na medida em que compra o apoio de parlamentares em troca de polpudos recursos sobre os quais eles fazem o que bem entendem e não precisam dar satisfações a ninguém.

São pouco mais de R$ 19 bilhões, dos quais poderiam ser extraídos os recursos para o Auxílio Brasil, sem aumentar o IOF ou aviltar o teto de gastos, com mordidas nos precatórios.

O questão é que há sempre duas faces na mesma moeda. A perda da farra das emendas do relator poderia se reverter num outro tipo de facada em Bolsonaro: o impeachment.  Por outro lado, liberaria recursos para um programa considerado essencial à sua reeleição.

E é aí que a ministra planeja meter a mão.

Outro flanco que se movimenta é o do Senado. Como se sabe, Rodrigo Pacheco já foi mordido pela mosca azul da candidatura à presidência, o que ajudaria a mobilizar seu comportamento oscilante.

Estão paralisadas na casa a sabatina de André Mendonça para a vaga do STF, a minireforma trabalhista, a medida provisória que revogava parte do Marco Civil da Internet para dar o sinal livre às fake news e a reforma eleitoral.         

Na habitual balança de avanços e recuos – do ponto de vista dos mais de 70% de eleitores -, resta saber qual versão prevalecerá na volta do presidente, adiada pela quarentena de Queiroga. Se o retumbante vexame, ou a viagem vitoriosa que os apoiadores tentam emplacar.

E se, de fato, as provas fornecidas por Bolsonaro contra si próprio à CPI da Covid - como a defesa da imunidade de rebanho e de remédios ineficazes contra a doença - trarão frutos, ou ele continuará conseguindo enganar a nação?   

Comentários


  1. Sonia Regina Gomes Soares
    Vai Ministra Rosa Weber.
    Por favor!!!
    Ajude este país

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  2. Pate Santana
    Enganar não consegue. Consegue manter o clima da ditadura de hipocrisia e silenciamento. Outra: se essa ideia estiver associada à Rosa Weber e ela não fizer nada estará sendo cúmplice do literalmente ‘desmonte do Estado’ brasileiro. A substância já mudou para parlamentarista sem a menor compostura!

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  3. Rosa Lenzuen
    Enganar, ele já não engana ninguém... O que resta saber é quanto $$$ ganham ou poderiam ganhar os que podem fazer a coisa certa...

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  4. Joyce Hippertt
    Aê, Ministra, confiamos na senhora! Manda bem, ok?

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