Mestre em terceirizar culpa

 


Bolsonaro é mestre em terceirizar sua culpa. A última foi atribuir à CPI da Covid, que chamou de “palhaçada”, a imagem negativa do país no exterior, a fuga de investidores e a escalada do dólar.

“Para fora do Brasil, a imagem é péssima. (...) Acham que eu matei gente de Covid. Gente que quer investir no Brasil não investe. Isso mexe na bolsa, no preço do dólar.”

Só que a cada crise criada pelo presidente o mercado reage com a queda na Bolsa e alta do dólar, como foi no 7 de Setembro, por exemplo.

Após o recente nocaute no teto de gastos, que arrastou quatro auxiliares chave do ministério da Economia, o dólar teve a maior alta desde abril e a Bolsa a maior queda do ano.

E, como se sabe, a política ambiental de Bolsonaro nos alçou ao título internacional de “párias”, o que só tende a piorar com a Conferência de Glasgow.

No auge da pandemia, o presidente atribuiu a crise econômica aos governadores e prefeitos pelas medidas de isolamento que tomadas. E, de quebra, o STF, que autorizou os estados e municípios a adotarem medidas restritivas contra a pandemia.

Quando se sabe que não fosse pelo fique em casa dos mesmos o morticínio teria sido muito maior. Bolsonaro apostou na imunidade de rebanho e em remédios ineficazes para empurrar a população às ruas.

O resultado são os mais de 600 mil mortos, número que poderia ter sido muito menor, conforme especialistas, se a crise sanitária tivesse sido enfrentada com base na Ciência.

Já a culpa da alta da inflação é da pandemia e da crise hídrica, cuja gestão foi ignorada pelo governo, em nome do voto no papel e da demonização dos ministros do STF. A geada que atingiu o Sul do país também foi a vilã.

E a alta dos combustíveis, segundo ele, deve-se ao ICMS, leia-se, governadores. Quando se conhece o componente do dólar nesta ciranda macabra.

Quando confrontado, por sua vez, o presidente simplesmente retira o time de campo. Foi o que aconteceu quarta-feira em entrevista ao humorista André Marinho, na Jovem Pan. E olha que é uma rádio chapa branca...

André é filho de Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro. O humorista disse preocupar-se com a volta do PT, que vendeu o país ao Centrão e obrigava os deputados a devolverem seus salários na prática de rachadinhas.

“Não vou aceitar provocação tua. Acaba a entrevista aqui”, reagiu irado o capitão.

E culpou o ex-aliado Paulo, pai de André, como se quisesse tomar o lugar do filho Flávio no Senado.

Imaginem o que vem por ai na campanha eleitoral?

Comentários

  1. Sandra S. Peleias
    Sempre covardão e fujão. Agora quer se blindar sendo senador vitalício. Só merece a cadeia.

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  2. Maria Christina Monteiro de Castro
    É doido, Celina Côrtes, já te falei, não vale sua pena(digitação?)....bs

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  3. Marcia Rodrigues
    Por falar em rachadinhas...
    Reprodução de reportagem sobre as rachadinhas de Alcolumbre

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    Respostas
    1. Celina Côrtes
      Será que ele vai pagar por isso ou será como os filhos do Bolsonaro, que sempre conseguem escapar e empurrar com a barriga?

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  4. Sandra S. Peleias
    Celina Côrtes . A questão é ninguém fazer, mas os bozos tem a ética ao contrário. Tipo, se uns roubam o erário, por que não vamos roubar tb. E tem gente que ainda defende o genocida, mas é uma minoria que quer ganhar vantagem.

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  5. Jair Correia
    Esse vagabundo desse Presidente sem fecundação sem prova agora onde a prova quando seus familiares de ladrões ele faz isso

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  6. Rosana Passos Santos
    CIRO GOMES NÃO É EXTREMA ESQUERDA NEM EXTREMA DIREITA ELE É DE EXTREMA NECESSIDADE

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