Que em 2023 o Brasil volte a ser Brasil

 


O que fazia Bolsonaro no auge da pandemia? Atacava ministros do Supremo, governadores, urnas eletrônicas e vacinas, enquanto mantinha no ministério da Saúde um general que não sabia o que é o SUS. E, de quebra,  propaganda de drogas ineficazes contra a Covid-19.

Chegamos ao fim de 2021 em situação bem semelhante. Agora, as vítimas do presidente são o passaporte da vacina e a imunização das crianças, pano de fundo aos infundados ataques e ameaças à Anvisa.

Só que, se no início de 2020 havia oposição a Bolsonaro no Congresso, hoje ele não apenas respalda o governo, como é quem dá as cartas, via Centrão.

Com isso, o presidente topou baixar a bola do golpe, porém, continua a não abrir mão de seu jeito estúpido de ser.

E, claro, o casamento envolve dinheiro. Muito dinheiro.

Assim como o chefe, os parlamentares empurraram nossas urgências para o fim da fila, posição onde se encontra a essencial vacinação infantil – com o devido respaldo do ministro bolsonarista Marcelo Queiroga.

Bem como as políticas públicas que poderiam ajudar a amenizar o flagelo da fome e do desemprego.

E quais são as urgências? Os R$ 4,9 bilhões de fundo eleitoral, assim como os R$ 16,5 bilhões das emendas de relator, trampolins à reeleição, ainda secretas. E o reajustes dos policiais. O resto dos servidores que se virem. O que seria não fossem essas prioridades?

Algo, porém, está cada vez mais claro. O tal Centrão, antes execrado pelo presidente, não apenas é alvo de todo o reconhecimento de Bolsonaro, como encarna um espelho do modus operandi do Executivo.

Feitos um para o outro.       

E o tão generoso Centrão já acena com o Auxílio Brasil de R$ 600. Não por que os brasileiros passem fome, e sim por ver nesse aumento a única chance de reverter a rejeição a Bolsonaro, que não se elegeria nem a síndico de prédio.

Assim chegaremos ao ano eleitoral, com o governo se armando com unhas e dentes para continuar no poder. Espera-se, por outro lado, que o povo acorde para a farsa que elegeu, sem desejos de renová-la.

Que em 2023 o Brasil volte a ser o Brasil.

PS: Desejo ótimas festas a todos. Farei uma pausa e volto na segunda-feira 3 de janeiro.   


Comentários

  1. Bom descanso, Celina! Boas Festas!
    E o que vier a acontecer em 2022, no plano político do Brasil, seja para que 2023 nasça com a aura de novos e melhores tempos para o a nação brasileira e para o mundo.

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    Respostas
    1. Obrigada! Mas se o bicho pegar nesse meio tempo estarei de volta!

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  2. Sílvio Júnior
    Imagem convocando PanelaçoFora Bolsonaro dia 24/12 às 20h30

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  3. Sílvio Júnior
    Meme de 9 pessoas e texto que diz "Bolsonaro diz que tem 3 opções de futuro: ser preso, morto ou a vitória POPULAÇÃO: MORTO PRESO VITÓRIA"

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  4. Elenir Souza
    Virado em doença mental e barriga

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