Beco sem saída
Após 21 anos
de ditadura militar, quando o progressista Ulisses Guimarães (MDB) comandava a Assembleia Constituinte, uma ala de seu partido, alinhada a José Sarney, reagia às ações do chamado Centro Democrático.
Nasceu aí a
formação do bloco que congrega vários partidos de centro-direita conservadora,
integrado também por filiados à Arena, hoje majoritariamente formado pelo PP, o PL de Bolsonaro e o Republicanos.
Desde então,
tornou-se peça chave para a governabilidade. Nunca, porém, nenhum presidente
entregou-se a tal ponto a eles quanto o capitão para fugir do impeachment.
Ontem Bolsonaro até se deu ao luxo de faltar ao depoimento marcado ontem à PF pelo ministro Alexandre de Moraes. Sabe que Arthur Lira não fará nada contra ele.
Para
entender melhor basta pensar numa balança. Se o lado do poder executivo está esvaziado,
seja lá porque razão for, o equilíbrio se dá pela presença do grupo capaz de deter esse poder. Alguma dúvida de que é o Centrão quem manda?
A tal ponto
que, não importa quem vença as eleições, eles se manterão por cima da carne
seca.
Já marcaram
presença nos dois governos de FHC, de Lula e Dilma, e ela caiu quando não
conseguiu atendê-los a contento. Se Bolsonaro não cedesse, iria pelo
mesmo caminho.
Dessa vez, o
problema é que eles engessaram de tal forma seus métodos, ao garantir o comando do
orçamento, o acesso ao milionário Fundo Partidário, às bilionárias emendas de
redator, que o futuro provável é a engorda do time, como se multiplicam os
animais quando bem alimentados.
Para o
Centrão, portanto, tanto faz quem ganhar as eleições. Seria mais prático que
fosse Bolsonaro, para que a situação permaneça rigorosamente como está.
Qualquer
outro, porém, sabe que se a armadilha for desarmada poderá estar em apuros.
Até mesmo um
político com a habilidade de Lula sabe o que o espera caso seja o vencedor.
Para começar, a prosperidade das commodities é passado.
O país será terra arrasada.
Além disso, os bolsonaristas farão uma oposição selvagem, bem distinta do civilizado
PSDB. E talvez o mais difícil seja devolver o Centrão a seu papel de mero coadjuvante.
Ciro
Nogueira e Arthur Lira estão prontos para defender as conquistas do grupo custe
o que custar.
É um
beco que parece sem saída.
ResponderExcluirM Christina Fernandes
Desculpe a minha desesperança, mas quem está num beco sem saída somos nós os eleitores. Lula disparado nas pesquisas, ganhando adapta-se facilmente a esse centrão como já fez.
Dilma não aceitou ficar refém do centrão e caiu.
Que vai sobrar pra nós não resta dúvida
ExcluirCesar Pinho Dos Santos
ResponderExcluirÉ o Centrão, do Bolsonaro, que engole todo o dinheiro da nação. Fora Bolsonaro, fora Centrão.
Regina Costa
ResponderExcluirComo pode, o país está passando por esse momento, eles só pensam em ganhar dinheiro, tristeza.
Brasileiro profissão esperança, ela é o que nos resta - nossa vontade das coisas melhorarem, afinal essa é a nossa esperança. Falta, porém, combinar como fazer para que isto aconteça de veste é o
ResponderExcluir...continuando... aconteça de verdade, efetivamente.
ResponderExcluirMarcos Queiroz
ResponderExcluirQuadrilha de terno desbotado!! Novas pessoas, velhas práticas! Vergonha...
Sonia Regina Gomes Soares
ResponderExcluirNão.
Não é possível.
Tudo tem uma saída.
Assim espero, mas está difícil de ver!
ExcluirElza Ribeiro
ResponderExcluirA falta de esperança para o futuro é desesperador
Rita Vieira
ResponderExcluirA saída é NÃO VOTAR EM PARTIDOS DO CENTRÃO para deputado e senador.
Simples assim.
Com certeza, mas com esse monte de dinheiro na mão eles vão pintar nas campanhas e os incautos vão cair como patinhos
ExcluirMagali Balloti
ResponderExcluir#ForaBolsonaro
Infelizmente, a saída deste beco, num futuro a médio prazo, é o Galeão.
ResponderExcluirRichard Lins
ResponderExcluirTalvez por isso Lula está cultivando tantas alianças estranhas: Alckmin, Kassab, evangélicos, alguns milicos e um grande investimento em mídias sociais! Indo além do quadrado das esquerdas...
Caminho para vencer no primeiro turno, senão ampliar o leque não consegue
ExcluirAnália Maia
ResponderExcluirO nojo que sinto é indescritível. Se pudéssemos tirar esses vilões políticos pelo voto, seria perfeito. Mas o povo não que enxergar.
Muito dinheiro para se manterem no Parlamento anestesiando os eleitores
ExcluirMuito dinheiro para se manterem no Parlamento anestesiando os eleitores
ResponderExcluirPedro Luiz
ResponderExcluirAdministrador
Dorival Celestino Garcia Lopes E o cara que tentar fazer isso, será taxado de "
golpista".
Ubirajara Moura Roulien Roulien
ResponderExcluirJornalista, tenho minhas dúvidas quanto a força do central a partir de 01/01/23, pois acho que 90 por cento deles não serão reeleitos . Não é por acaso que foi imposto ao Bozo os mais de 21 bilhões de reais representados pelo fundão eleitoral e emendas de relator, ambos para garantir a "campanha de cada dia" e a " compra " do voto , para lhes garantir a sobrevivência até que o povo deles se esqueçam.
Tomara que você esteja certo!
ExcluirLuiz Antonio de Almeida
ResponderExcluirDois pilantras !!! 🤮🤮🤮
Alvaro Bastos
ResponderExcluirPorra nenhuma
JÁ EXISTIA NA DITADURA COM NOME DE AR3NA
Sim!
ExcluirAlfredo Herkenhoff
ResponderExcluirAdministrador
No começo da CPI da Covid, o senador Ciro Nogueira parecia uma dissidência da minoria bolsonarista. O G7 cheio de heróis que votaram pelo impeachment com Moro e Bolsonaro parecia vencedor. O piauiense Ciro Nogueira parecia que ia aceitar a crucificação do satanás Bolsonaro. Mas, de repente, ele vai chefiar o Centrão, e a senadora Tebet e o senador alessandro Vieira, que aderiram ao golpe contra Dilma, saem candidatos ridículosa presidente do Brasil. ridículos posto que não entenderam que precisam pedir perdão e sair de campo...