Orçamento para o Centrão


O que é mais importante, as necessidades do país  ou a disputa eleitoral? Por quê Bolsonaro manteve R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral e retirou R$ 739,9 milhões da nossa combalida Educação?

Alguma dúvida de que o orçamento sancionado pelo presidente busca unicamente a sua reeleição?

Haja dinheiro, haja agrados ao Centrão para compensar o derretimento da popularidade a cada pesquisa de opinião.

Mesmo com as despesas obrigatórias, como previdência social e pagamentos de servidores, a mágica com o teto de gastos proporcionou uma festança de emendas secretas, com seus R$ 16,48 bilhões assegurados, além de investimentos diretamente ligados ao bem estar dos aliados.

A credibilidade das contas públicas é problema menor. Nesse momento, Bolsonaro e seus aliados sabem que é ou vai ou racha. O país que se dane.

Até mesmo a Defesa do possível vice Braga Netto – a essas alturas parece que ele vai mesmo perder para o nome indicado pelo Centrão – sofreu um corte de R$ 8,8 bilhões.

Não por acaso quem mais aplaude essas escolhas é Ciro Nogueira - que se diz para-raio de Paulo Guedes, como se fosse um sacrifício -, o todo poderoso gestor do orçamento, para quem as realizações do governo são exemplares. Só se for para o lixo da história.

O que o presidente parece ignorar é que suas escolhas dificilmente poderão impulsionar o crescimento econômico e, por conseguinte, reduzir o desemprego e a fome.

A Educação levou uma facada de R$ 499 milhões no FNDE, que transfere recursos para estados e municípios. Justo nesse momento em que urgem medidas para compensar os danos causados pela Covid, que manteve as crianças dois anos fora das salas de aula. Sobretudo as pobres, sem Internet.

Até mesmo a heroica Fiocruz, com sua fundamental contribuição no controle da pandemia na produção da vacina AstraZenica, perdeu R$ 11 milhões. E claro que o presidente racista ainda retirou R$ 40 milhões de ações para saneamento em comunidades rurais e remanescentes de quilombos.

Como se sabe, dos R$ 3,184 bilhões cortados, mais da metade iriam para os ministérios do Trabalho e da Educação. Os cortes também passaram ao largo dos reajustes dos servidores federais, aos quais foram separados R$ 1,7 bilhão.

Que ainda devem priorizar as policiais e criar cizânia entre os demais. Para quê acertar se é possível errar tanto?

Comentários

  1. Eliane Lima
    Desemprego? Fome? Ele nunca ouviu falar nisso... não chega no condomínio miliciano Vivendas...

    ResponderExcluir
  2. Leco Goes
    Sócio proprietário na WOC INTERNATIONAL TRADE LTD.
    Parabéns Celina, botou o dedo na ferida. Entre outras mazelas, a possibilidade de reeleição num pais corrupto como o nosso é catalizadora do caos. Dana-se o Brasil. E ainda posam de verde e amarelo.

    ResponderExcluir
  3. Romildo Guerrante
    Duvido que haja uma só obra de saneamento com esses recursos. Pórtico, pracinhas e outras babaquices devem ser a maioria.

    ResponderExcluir
  4. Cesar Pinho Dos Santos
    Ele é um mentiroso desgraçado. Tudo que ele dizia abominar ( o Centrão) é o principal sustentáculo deste desgoverno. O cara é tão ruim que aqueles que diziam ser o guru, antes de morrer de COVID, o esculhambou.
    Mas ainda há muitos imbecis, especialmente os milicianos e os que os financiam, sustentando esse desgoverno, claro que uma parcela bem pequena da população.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo muito inverossímil

Trump é o Hitler do século 21

Gonet confraterniza com bolsonaristas