Não dá mais!

 

Votei duas vezes em Lula, uma em Dilma, não me considero, porém, não sou lulista. Apesar de sua sabedoria política, acho que seria a hora de alguém mais antenado às questões ambientais e aos novos tempos digitais. Que não está à vista.

Contudo, como a prioridade é barrar a reeleição a qualquer custo, me sinto cada vez mais inclinada a votar em Lula no primeiro turno. Desejando que ele leve de uma vez e não dê nenhuma chance às loucuras bolsonaristas.

Os predicados abundam: criação de 20 milhões de empregos com carteira assinada, 36 milhões saíram da miséria, 87% de aprovação, 6ª economia mundial. Nem dá para comparar...Não entro no mérito da corrupção, também abundantes em ambos os lados. 

É verdade que muitas águas ainda podem rolar até outubro, mesmo sem perspectivas visíveis de alternativas para a terceira via, conforme as pesquisas eleitorais.

Enquanto isso, me pego torcendo para cada notícia favorável ao líder petista, como o abandono do barco bolsonarista por pastores evangélicos, ou ainda a eleição de Josué Gomes na presidência da Fiesp, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Ele já deixou claro que não teme a eleição de Lula.

Vença quem vencer, é alentador saber que a Fiesp liderada por Gomes deve passar a seguir uma política industrial mais moderna, afinada com a economia verde e a educação, bem como com a redução da carga tributária.

Enquanto isso, assistimos, pasmos, ao avanço do PL do Veneno, ao decreto de apoio à ‘mineração artesanal’ para legalizar os garimpos ilegais, o que significa desmatar e contaminar a Amazônia com mercúrio.

Ao presidente da Fundação Palmares chamar o jovem Moïse, congolês brutalmente assassinado a pauladas, de “vagabundo”, e a Bolsonaro voltar da Rússia cercado de militares, com o filho Carlos expert em campanhas nas redes, armando a guerra suja que nos espera nas eleições.      

Não que Lula seja qualquer coisa, só que precisamos de qualquer coisa para impedir a continuidade dessa aberração que nos preside.

Isso sem falar na pandemia, que ainda atazana nossa vida. Se aqui Bolsonaro acha que é uma valentia não se vacinar, quando chegou à Rússia cedeu às exigências do Kremlin vestiu a máscara e se submeteu a cinco testes de Covid.

E ainda alimentou a ridícula ideia de que sua chegada afastou os riscos da guerra com a Ucrânia (que voltaram a se acirrar).

Não dá mais!!!