Tentativas de negar o óbvio

 


A Receita Federal gastou R$ 450 mil com o Serpro para atender ao pedido de investigação solicitado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.

A Folha acaba de obter documentos confirmando que cinco servidores foram usados por quatro meses para provar que dados fiscais do 01 foram acessados e repassados ilegalmente ao Coaf. Sem resultados.

Ao ser flagrado no esquema usado pelo então deputado na Alerj – em que assessores repassam seus salários ao político da vez -, antes mesmo de Bolsonaro tomar posse, começou a corrida aos aparelhamentos para evitar o ‘pior’.

Essa teria sido uma das principais causas da intervenção do presidente na PF denunciada por Sérgio Moro e, apesar de investigada, até hoje não confirmada.

E essa história com a Receita seria mais uma das tentativas de reunir provas para tentar melar as investigações que levam a Flávio, através do esquema operado por Fabrício de Queiroz.

O requerimento do 01 foi apresentado por seus advogados ao então secretário especial da Receita, José Tostes Neto.

O pedido, porém, permaneceu dois meses na gaveta de Tostes Neto, até a reportagem da Revista Época denunciar a reunião entre os advogados de Flávio, Bolsonaro, o diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança da Presidência.

A apuração começou na Receita naquele mesmo dia, 23 de outubro de 2020, por ordem de Tostes Neto, quando o coordenador do Grupo Nacional de Investigação da Receita, Luciano Carinhanha, deslocou os servidores para a missão.

Na petição, Flávio se dizia vítima de uma violação que “representava risco a várias instituições do país”, como a presidência da República e a Alerj.

O documento acusava auditores de enriquecimento ilícito, citava a existência de dados de inteligência do Coaf que teriam sido repassados à Receita e a existência de um “manto de invisibilidade” a acessos que seriam indetectáveis.

 A Receita nunca confirmou a apuração, um tiro n’água, realizada de outubro de 2020 a fevereiro de 2021.

E, como se sabe, o chefe da Corregedoria da Receita, Christiano Paes Leme, foi exonerado em dezembro de 2020. O TJ-Rio tirou o caso das rachadinhas do juiz Flávio Itabaiana em junho de 2020 e, em novembro de 2021, o STJ anulou as decisões tomadas em primeira instância pela Justiça do Rio.

Tudo para livrar a cara de Flávio, que segue livre, leve e solto na sua mansão de R$ 6 milhões em Brasília, como coordenador da campanha presidencial do papai.

Comentários

  1. Renato Guimarães
    O blog de hoje está excelente. Acho que esse fdp 01 nunca será encanado. Mesmo que Lula seja eleito e que se autorize uma investigação séria ele vai posar de vítima de uma perseguição.

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  2. Andre Luiz Pereira
    Essa tragédia acaba em Outubro.

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  3. Sílvio Júnior
    Imagine se toda essa podridão ocorresse num governo de esquerda.

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  4. Marco Antonio Rezende
    Família da impunidade. Depois ainda tira onda na nossa cara “nada foi comprovado”. Braziu iu iu

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  5. Rui Jorge Bender
    Enquanto a Justiça for conivente com a molecagem da familícia, em nosso país nunca vão se tomar medidas de punição a essa maracutaia.

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  6. Colocaram o inferno no Planalto e no país ao elegerem uma família sabidamente bandida para comandar o Brasil.

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  7. Felipe Marttins
    Tem que bloquear o patrimônio desse ladrão

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  8. Responder3 h
    Luizcs Escobar
    Que vergonha hein senador. Ahhh o que seu irmão vereador foi fazer na Rússia. Ele tinha q estar trabalhando na Cinelândia

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  9. Maria Elena Mafra
    ACABOU A CORRUPÇÃO NÉ BOZO CÃO?🤬🤬🤬🤮🤮🤮

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  10. Alfredo Herkenhoff ·
    RIDÍCULO SEM LIMITE

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  11. luiz wanderley valencise
    Bacharel e Administração de Empresa
    Bela quadrilha.

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  12. Cal Lobo
    Mais um escândalo do aparelhamento do Estado por grupos de poder, desnudando a fragilidade da República brasileira.

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  13. Marisa Helena Scarlazzari Oliveira
    QUADRILHÃO.

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  14. Sergio Roberto Mota
    Durma com mais um barulho desse...é o podre protegendo o lixo. Nenhuma denúncia (são inumeráveis) feita ao pai e aos filhos, em 3 anos, não andou ou não deu em nada. Mtos porcos no chiqueiro

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  15. LuciaMaria Maesano Barbosa de Souza
    BANDIDOS.FORA

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  16. Jose Carlos Sales Carlos Sales
    Bolsonaro e seus capachos foram à Rússia, como foram em outros lugares.
    Roubar, rachar, fazer falcatrua e sobretudo gastar o $$$$ público.
    Levou o filho miliciano, pra passear lá se vai mais $$$$$$ público
    #BolsonaroVagabundo

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  17. Veralucia Freitas
    Acabou a Corrupção...
    SQN

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  18. LuciaMaria Maesano Barbosa de Souza
    BANDIDOS.FORA

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  19. Responder1 d
    Ana Colombero
    E vai dar em quê ? NADAAAAA ! 😡😡😡

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