Cerco começa a se fechar

 


Após tantos escândalos sem nenhuma consequência, ontem me deixei levar pela descrença de que algo possa acontecer ao ministro Milton Ribeiro e a Bolsonaro pelo nítido episódio de corrupção. Só que em meio ao salto alto do PT e à indiferença da opinião pública, é hora de fazer barulho.

O PGR Augusto Aras mandou investigar, o que, até agora, nunca quis dizer qualquer coisa. A tal ponto que na quinta-feira Bolsonaro cunhou nova expressão: “boto minha cara no fogo pelo ministro”. Claro, ambos fazem o mesmo jogo.

O caso, porém, subiu um degrau, quando a ministra do STF, Cármen Lúcia, autorizou a abertura de um inquérito para investigar a atuação de Ribeiro nesse lobby dos pastores Gilson Santos e Arilton Moura no ministério da Educação.  

E o que classificou de “fatos gravíssimos” – sim, são gravíssimos, antes que os bolsonaristas tentem provar o contrário -, inclui a possibilidade de inserir Bolsonaro na apuração, hipótese encaminhada ao PGR. Afinal, Ribeiro estaria seguindo a orientação do chefe, que já havia recebido a dupla antes mesmo de sua posse. Só Moura foram 19 vezes.

O combativo senador Randolfo Rodrigues pediu o impeachment de Ribeiro, além de tudo a personificação do passado, pelo retrocesso das ideias que defende.

Já a PF instaurou ontem inquérito para investigar se houve favorecimento ilegal nos repasses do FNDE.

E, na contramão da operação panos quentes, muitos ministros, entre militares e membros do Centrão, consideram que o melhor mesmo seria o afastamento de Ribeiro, conforme apurou a jornalista Bela Megale.

Enquanto isso, pipocam os feitos do pastores. Fora a entrada em cena da propina em ouro por Arilton Moura – braço direito de Santos - , denunciada pelo prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues, no Maranhão, e entre denúncias de dez prefeitos, sabe-se que após liberar verbas no MEC, Santos investiu R$ 450 mil na editora e na faculdade que quer criar.

O modus operandi bem lembrou o episódio do reverendo Amilton Gomes de Paula, que intermediou a reunião da empresa Davati com o ministério da Saúde para oferecer 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, que só era negociada diretamente com governos pela empresa.

Enfim, queremos Justiça. Doa a quem doer!

Comentários

  1. Esses falsos moralistas estão no poder para fazer negócios, vocação despertada pela facilidade de acesso ao dinheiro público.

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  2. Pastores bandidos não faltam no governo do genocida é tudo da mesma laia.

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    1. Malafaia, o bandido mor, quer o sigilo bancário dos dois pastores para se distinguir...cada um tem a lama que merece

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  3. Luiz Cezar Barata
    Ok. Você venceu. Mas se eu fosse o mkt do Lula torcia pro ministro ficar e fazia ele ser tempero da fritura do padrinho na campanha.

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    1. Pelo andar da carruagem ainda vem mto podre por aí para ele brincar à vontade

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  4. R Elisa Beth
    Kakay: 'Cansei-me da elite brasileira! E eu sou parte dela. Cansei de mim' - No jornal do Brasil.

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  5. Zila Nissen
    Não tenho esperança nenhuma! Fazem o que querem e naaaada acontece!!!

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  6. Rosa De Lourdes Azevedo Dos Santos
    O fogo que os esperam é o do inferno.
    A Lei do Retorno é Implacável.

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  7. Adriana Brandao
    TIRA O TÍTULO. TIRA O BOZO

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  8. Luiz Cezar Barata
    Olha a carecona do Cacá!!
    Será que ele dá!!!
    Será que ele dá!!!

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