Incômoda verdade
Está óbvio o estado militar que viramos na gestão
de Bolsonaro, com mais de seis mil fardados em cargos públicos e generais em
funções de poder. E como sempre tem sido, são grupos que se dividem entre os
excessos e a contenção.
Assim como o general Mourão, cujo ídolo é Brilhante
Ustra, um dos maiores torturadores de nossa história, há um grupo que se lixa
para as revelações de Míriam Leitão sobre os áudios de ministros do Superior
Tribunal Militar, admitindo que a tortura rolou solta nos anos de chumbo.
Se engana quem pensa que possa haver algum desejo
de reparação, sobretudo por Bolsonaro, que sempre defendeu a tortura. Uma das
pistas que temos vem do coronel reformado Marcelo Pimentel, conhecedor dos que
se formaram na AMAN nos anos 1970 e agora estão no poder.
A articulação do grupo começou pela insatisfação
provocada com a Comissão da Verdade e pelo país ser governado pela
ex-guerrilheira Dilma Rousseff. Eles viram em Bolsonaro uma forma de chegar ao
poder sem rupturas, como em 1964.
E quem o procurou foi este grupo, o que explica o
lançamento de sua candidatura na Aman, em 2014. "Fui a uma formatura na Aman
em 2015 e Bolsonaro era o astro”, lembra Pimentel.
“Como alguém que saiu do Exército pela porta dos
fundos converteu-se em mito?", perguntou-se.
Em 1985 D. Paulo Evaristo Arns – que apoiou o golpe
de 1964 - lançou “Brasil nunca mais”, documentando as torturas praticadas pela ditadura. Militares e torturadores
remanescentes lançaram “Orvil”, 27 anos depois.
O "livro ao contrário" foi o troco dos
milicos, que dava nome e sobrenome aos movimentos armados da esquerda.
Certamente os mais radicais – como Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, a turma
do Haiti – devem estar incomodados com o crivo oficial de que houve
tortura.
E se no 7 de Setembro os militares não toparam aderir
ao golpe capitaneado por Bolsonaro, ontem o presidente voltou a repetir a hipótese, em cerimônia pelo Dia do Exército.
O caldo final dessa novela veremos nos próximos capítulos.
Regina Costa
ResponderExcluirMomentos obscuro da história, muitas pessoas mortas e torturadas, como pode, ser humano exaltar a tortura e mortes, misericórdia.
Aimée Louchard
ResponderExcluir#ForaBolsonaroeSuaQuadrilha
Lucrécia Iacovino
ResponderExcluirE vão tentar orquestrar outro golpe.
Os indícios começam a pipocar. Tvz a revelação dessas gravações tenha acelerado o processo...
ExcluirLucrécia Iacovino
ExcluirCelina Côrtes desde o início desse desgoverno.
Verdade
ExcluirCarlos Scharth
ResponderExcluirConsultor de obras de dutos e de engenharia industrial
Para não esquecer!!!!
Leco Goes
ResponderExcluirParabéns
Andre Luiz Pereira
ResponderExcluir35k comprimidos de viagra...
E ainda por cima superfaturados...
ExcluirAndre Luiz Pereira
ExcluirCelina Côrtes Pois é
Mourão ainda respondeu, pô, deixa eu usar meu viagra...como se fôssemos nós que tivéssemos que pagar essa conta!
ExcluirM Christina Fernandes
ResponderExcluirO meu medo são as armas.
Sim, vai ser meu tema de amanhã...nas mãos de bandidos e milicianos
ExcluirMhiguel Horta
ResponderExcluirSCRIPT-WRITER, PRODUCER AND FLM DIRECTOR
Exatamente! Pobre Brasil!
Terezinha Costa
ResponderExcluirCelina Côrtes, sabe dizer se os três generais citados são filhos de militares que estavam na ativa entre 64 e 85?
Não sei...
ExcluirPaulo Henrique Afonso
ResponderExcluirImagem de uniforme de presidiário com texto "Bangu 1 em 2023"
Tomara!
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