Livre para mentir

 Por quê não posso mentir à vontade? Qual o problema?”

A pergunta é o pano de fundo ao questionamento de Bolsonaro ao TSE no último sábado sobre o WhatsApp. Como se sabe, o aplicativo foi uma de suas principais ferramentas na vitória de 2018, turbinada por um um exército de robôs e divulgação de mentiras em massa.

E agora, justo nessa eleição tão concorrida, o aplicativo resolveu criar problemas. Para quê mexer em time que está ganhando?, devem estar se perguntando os mínions...

Com segundas e explícitas intenções, Bolsonaro declarou já ter conversado com Fábio Farias, o sósia de Mário Farias que preencheu a vaga na secretaria de Comunicações que nos condenou ao ostracismo cultural.

"Ele vai conversar com o representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar o acordo. Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, indagou o presidente.

O acordo havia sido fechado em fevereiro pelo aplicativo com o TSE para combater a desinformação nas eleições de 2022. Como assim? Vai prejudicar essa que é uma das principais estratégias de desinformação em massa?

 “Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, (por que) apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições?”, questionou o presidente, durante suas férias paradisíacas em Guarujá.

Essa seria apenas mais uma das peças, encabeçadas pelo empoderado ministro Ciro Nogueira, que vai fazer de tudo para continuar a mamar na fartura de que já usufrui.

Arthur Lira endossa o jogo, o PGR nem se fala, e o povo turbinado pelos R$ 400 mensais não vai criar casos. No que depender da estrutura, está tudo dominado para reeleger o candidato excrescência a virar ditador em 2023. E só saberemos dos detalhes em 100 anos...