A relatividade do golpe
Sabemos também o quão foi intragável aos militares encararem o livro “Brasil nunca mais”, de 1985, assinado por Dom Paulo Evaristo Arns –, ele mesmo, inicialmente um apoiador do golpe de 64.
Sabemos ainda que
eles não engoliram a Comissão da Verdade, nomeada pela ex-presidente Dilma Roussef. A iniciativa completou 10 anos ontem.
Instituído em 16 de maio de 2012, o colegiado trabalhou até
dezembro de 2014. No relatório final, foram detalhadas prisões, tortura – como a
sofrida pela própria Dilma - e assassinatos. Ao todo, 434 mortes e desaparecimentos.
Ficou claro que a repressão e eliminação de opositores era
uma política de Estado, compactuada pelo presidente verde-oliva da vez e pelos
ministérios militares em atos violentos.
A reação ao livro veio com ORVIL, livro ao contrário, onde os milicos enumeravam os crimes cometidos pela luta armada contra a ditadura. E também à Comissão da Verdade, que funcionou como espécie de aval que legitimaria a volta dos militares ao poder. Como se os esqueletos sequer existissem.
Cientistas políticos atribuem esses dois momentos à gênese do que acompanhamos agora, desde a posse do presidente e perto de mais uma virada eleitoral.
Custamos um pouco a
descobrir a interferência junto ao STF do ex-comandante do Exército, general
Villas Boas, para que o então favorito Lula não recebesse o habeas corpus em 2018.
Há quem diga que foi o presidente quem teria ido ao encontro
dos militares em busca de suporte a suas pretensões de poder. Há quem diga, também, que foi
o contrário. Os fardados enxergaram naquele capitão insubordinado alguém com
potencial para se eleger mandatário do país.
E que o ‘Partido Militar’ veio para ficar. Agrade ou não.
O atual cenário demonstra o quanto nossas instituições
falharam ao perdoar os monstros que torturaram e mataram e ressurgem das
cinzas, seja em pessoa ou em novas gerações.
ResponderExcluirKurian Melayathu Joseph
Este, não é aquele Bolsonaro que os lambe-botas dos gananciosos EUA colocaram no Planalto "na forma da lei" em 2018 nas eleições FRAUDADAS no estilo FRAUDE-JATO????
Regina Costa
ResponderExcluirEstamos passando pelo momento sombrio da história!
Não resta dúvidas
ExcluirLidia Maria Resende Verdini
ResponderExcluirAinda há quem defenda este sujeito
Pior que os 30% continuam firmes, sempre adulados pelas sandices do mandatário
ExcluirMaria Braga
ResponderExcluirMIL VEZES INDIGNAÇÃO !!!
Por essas e outras o título do meu livro, uma compilação dos posts mais irados do blog, vai de chamar "Diário da Indignação"
ResponderExcluirEstou com muito medo do futuro próximo do Brasil.
ResponderExcluirCarlos Noccioli
ResponderExcluirJovens misses, seus estados, representam, nessa festa de alegria e esplendor, seus costumes, seus encantos, seu valor...
Luzia Moura
ResponderExcluir" .....NAO PASSAMOS POR FAXINA PÓS DITADURA" ....EIS O RESULTADO DA LENIENCIA.....