O bem vence o mal
O magnífico Omar Sy nos brinda na Netflix com a comédia francesa “Opostos
sempre se atraem”, em dupla com o narcísico Laurent Lafitte. Eles conseguem desvendar um tenebroso crime que partiu um homem ao
meio.
O assassinato leva ao grupo de supremacistas brancos liderados por
um prefeito do mal no sul do país, capaz de cometer as maiores atrocidades.
Em ritmo frenético, o filme é uma visão contemporânea de nefastos movimentos
como o nazismo, cujo auge se deu na Alemanha de Hitler.
A violenta praga surgiu na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). E sua mais forte
expressão ocorreu entre 1933 e 1945, quando o Führer liderava o Partido
Nacional-Socialista. Foram exterminados 7 milhões de judeus, no Holocausto.
Jamais se imaginou que esse tipo de ideologia voltaria a proliferar na
humanidade. E é dessa fonte que bebem as ideias de defesa de uma dita liberdade
de expressão usada como arma, como vemos em episódios que envolvem
Daniel Silveira e Gabriel Monteiro, por exemplo.
"O nazismo é uma ideologia
que se expressa e acredita na supremacia sobre o outro. Isso significa que toda
a população mundial tem de ser igual a esse grupo considerado mais
evoluído", define no Uol o sociólogo Fábio Mariano Borges.
Assim, a raça ariana passa a ser modelo para outros povos. “Se acredita
em uma ideia de evolucionismo que diz que existem povos menos avançados e
outros mais avançados, de acordo com a ciência (equivocada) defendida pelo
regime".
O que vivemos como tragédia - um exemplo bem recente foi o do presidente, segundo quem negros são medidos por arrobas, ou ao encher aldeias indígenas de garimpeiros -, os franceses transformaram em humor e
aventura, com o charme de Sy. Quando a dupla de policiais desvenda o
encontro secreto do grupo de malvados, a capitulação parece inevitável.
Não é, porém. Enquanto o branco Lafitte tenta distrair e se enturmar
com seus pares trogloditas, Sy recolhe e se desfaz do pesado armamento escondido em carros
do lado de fora. E daí o impossível acontece: o bem vence o mal.
Por aqui, seguimos nos esquivando de ameaças, de militares e milícias
altamente armadas, capazes de seguir o grito de guerra contra a democracia de seu mi(n)to.
Como um bando de ruminantes incapazes de pensar.
Assim como em “Opostos sempre se atraem”, contudo, seus dias hão de estar contados!
Sergio Rosa
ResponderExcluirAssistirei, não tenho conseguido buscar filmes bons no Netflix
Beira o pastelão, mas diverte e ainda tem esse sabor extra
ExcluirCarlos Minc
ResponderExcluir💪☀️🦋💚💃🏿🌻🪂🎸🌿🌹