O início do fim

 


A paranoia dos militares com as questões da soberania brasileira são nossas velhas conhecidas. Porém, nesse momento em que a aliança entre os fardados e o presidente parece um navio fadado ao naufrágio, eis que surge uma boia de salvação. Ela atende pelo nome de Elon Musk.

A aparente casualidade do encontro do mandatário com o homem mais rico do mundo na última quinta-feira, na devida presença de generais, não foi obra do acaso. Havia um plano. Bem articulado, que interessava a ambos os lados.

 "Não tem contrato, é um acordo. Vamos facilitar tudo. Com ligeireza e desburocratização", declarou o capitão, no ansioso afogadilho que lhe é peculiar.

A pretexto de monitorar a Amazônia – o que já é feito, de graça e com competência pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e pelo Sistema de Vigilância da Amazônia -, estaria a liberação da Base de Alcântara para voos espaciais, antes negada aos EUA.

E, sobretudo, a exploração de lítio e nióbio, fartos por aqui, componentes das baterias dos carros elétricos da Tesla, de Musk. Assim como são para foguetes, satélites e telecomunicações, outras especialidades do bilionário.

Vocês acham mesmo que esse ricaço voaria em seu avião particular até o Brasil para bajular nosso presidente? 

Enquanto isso, os bolsonaristas se deslumbram com a possibilidade de despejar sua enxurrada de mentiras no Twitter, tão logo a aquisição de Musk se concretize. 

E acreditam piamente que ele veio ao Brasil para salvar a candidatura do (pal) mi (n) to.

Se o plano for para a frente não fará muita diferença aos donos do poder antes zelosos de nossa soberania. Afinal, a porteira já foi aberta pelo governo à exploração criminosa das riquezas da Amazônia por garimpeiros ilegais, madeireiros e invasores das terras indígenas.

Para eles, equivale também a recuperar o apoio perdido de Trump, ponte com esse aliado do ex-presidente americano, de explícitas simpatias pela extrema direita. 

Com isso o que se avista, como disse o jornalista Jânio de Freitas, pode ser o início da antes temida perda da Amazônia.

Todo cuidado é pouco.

Comentários

  1. Celio De Jesus Ribeiro

    Nunca houve um presidente tão sem noção, sem senso do ridículo e tão entreguista.

    ResponderExcluir

  2. Antonio Carlos Toninho Lú
    Imagine este homem controlando dados de 19 mil escolas e monitorando a Amazônia. Ele é um predador admirador do apartheid e um contumaz maconheiro. Mistura louca de alguém egoísta e soberbo, padrão bolsonaro.

    ResponderExcluir
  3. Respostas
    1. Até agora era. Se essa parceria for pra frente deixará de ser

      Excluir
    2. Regina Costa
      Celina Côrtes esse que é meu medo, pois ele só pensa em seus bolsos.

      Excluir
    3. Tania Cordeiro
      Celina Côrtes trata a Amazônia como um quintal dele

      Excluir
  4. Interessante é notar que esse oligarca chegou aqui sem visto ,sem controle da aduana sem nada e assim se foi ,como se estivesse visitando seu campo de Golf.

    ResponderExcluir
  5. Ze Do Rosário
    Eu parei de ouvi o discurso do SeBozo exatamente no ponto que ele falou que a tar de Amazonas nunca foi tão bem cuidada como agora, e que ele colocou o vice dele pra cuidar de perto do baguio... Será que ele pensa que o cabroco que ficou mais rico no mundo com uma única geração é desinformado e otário..?
    Daê!

    ResponderExcluir

  6. Ze Do Rosário
    Está chuquinha na cabeça do Alanmisque..num é coisa de Deus, daê!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse alanmisque parece eike Batista do primeiro mundo.Prometeu até colonizar Marte.

      Excluir
  7. Tania Cordeiro
    Qual é o acordo que o Bozo quer fazer, sem que haja um pio de debate?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele quer abrir as portas da Amazônia ao Musk, sem nenhuma restrição

      Excluir
  8. Márcia Barreto Taveira
    #TiremAsMãosDaAmazônia

    ResponderExcluir
  9. Maria Lucia Felcker
    É o gado passando silenciosamente. Temos que tocar o berrante para tirar a boiada deste trajeto.

    ResponderExcluir
  10. Wilson Soares
    Enquanto a Funai demarcava a Terra Indígena Yanomami, a milicada de alta patente bradava que a demarcação da área seria um dos instrumentos da internacionalização da Amazônia. Agora, a milicada marca Escola Superior de Guerra abriu as pernas para os gringos

    ResponderExcluir
  11. Rui Jorge Bender
    Esse bando de fardados inúteis só atrapalha o nosso país.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Tudo muito inverossímil

Trump é o Hitler do século 21

Gonet confraterniza com bolsonaristas