Mandato à família e aliados
Não dá para dizer que o presidente mandou matar o indigenista e o jornalista inglês. Quase dá, porém.
Afinal, as porteiras abertas pelo ex-ministro Ricardo Salles só
fizeram agravar o domínio do Vale do Javari, terra sem lei do tamanho da
Áustria, por garimpeiros, madeireiros, pescadores ilegais e narcotraficantes.
“A PF tem o compromisso de passar as informações para a
família primeiro e para a superintendência de Manaus”, disse ontem Beatriz
Matos, mulher de Phillips, após o anúncio recebido da embaixada do encontro de dois corpos.
“Eles confirmaram para a gente que nenhum corpo foi encontrado, conforme
nota oficial. É necessário que se apure de onde o embaixador tirou essa
informação”, completou ela.
Não dá para imaginar o sofrimento dessa criatura.
A primeira
reação do mandatário foi um tapa na cara: “Fizeram uma aventura não
recomendável”. Aventura que foi a dedicação de corpo e alma à causa abraçada em defesa dos povos indígenas, ao contrário do que faz o governo.
No último
domingo, enquanto policiais federais saíam para mais buscas no Rio Itaquaí,
indígenas da região se manifestavam contra a falta de fiscalização dos
invasores pelo governo e em defesa do trabalho do indigenista.
“Bruno
lutou pelo Vale do Javari. Agora o Vale do Javari luta por Bruno”, dizia uma
das faixas.
Como se
sabe, perdemos Chico Mendes durante o governo Sarney, a missionária Dorothy Stang no governo Lula. E
tantos outros que lutam pela preservação das florestas e dos povos indígenas. Causas renegadas pela atual gestão.
A
manifestação terminou com a seguinte frase da cacique Sandra Mayouruna: "Bolsonaro tem raiva dos povos indígenas, ele deveria ser presidente de todos os brasileiros."
Como se
sabe, na prática, o mandatário preside o país para seus familiares e aliados – estes últimos, cada vez mais escassos. Segundo a Folha, o “Movimento dos Economistas pela Democracia e contra a barbárie”, por exemplo, já recolheu cerca de 1,2 mil assinaturas.
Genocídio na pandemia Genocídio dos povos indígenas. Deus acima de todos? Não para o genocida Jair. Para Jair morte acima de tudo.
ResponderExcluirNUNCA ALGUÉM ESCREVEU ALGO TÃO REAL E VERDADEIRO DO BRASIL ATUAL!
ResponderExcluirARTIGO: Paulo Brondi - Promotor de Justiça/GO
Coluna de Juca Kfouri
"Bolsonaro é um cafajeste. Não há outro adjetivo que se lhe ajuste melhor.
Cafajestes são também seus filhos, decrépitos e ignorantes. Cafajeste é também a maioria que o rodeia.
Porém, não é só. E algo que se constata é pior. Fossem esses os únicos cafajestes, o problema seria menor.
Mas, quantos outros cafajestes não há neste país que veem em Bolsonaro sua imagem e semelhança?
Aquele tio idiota do churrasco, aquele vizinho pilantra, o amigo moralista e picareta, o companheiro de trabalho sem-vergonha…
Bolsonaro, e não era segredo pra ninguém, reflete à perfeição aquele lado mequetrefe da sociedade.
Sua eleição tirou do armário as criaturas mais escrotas, habitués do esgoto, que comumente rastejam às ocultas, longe dos olhos das gentes.
Bolsonaro não é o criador, é tão apenas a criatura dessa escrotidão, que hoje representa não pela força, não pelo golpe, mas, pasmem, pelo voto direto. Não é, portanto, um sátrapa, no sentido primeiro do termo.
Em 2018 o embate final não foi entre dois lados da mesma moeda. Foi, sim, entre civilização e barbárie. A barbárie venceu. 57 milhões de brasileiros a colocaram na banqueta do poder.
Elementar, pois, a lição de Marx, sempre atual: "não basta dizer que sua nação foi surpreendida. Não se perdoa a uma nação o momento de desatenção em que o primeiro aventureiro conseguiu violentá-la".
Muitos se arrependeram, é verdade. No entanto, é mais verdadeiro que a grande maioria desse eleitorado ainda vibra a cada frase estúpida, cretina e vagabunda do imbecil-mor.
Bolsonaro não é "avis rara" da canalhice. Como ele, há toneladas Brasil afora.
A claque bolsonarista, à semelhança dos "dezembristas" de Luís Bonaparte, é aquela trupe de "lazzaroni", muitos socialmente desajustados, aquela "coterie" que aplaude os vitupérios, as estultices do seu "mito". Gente da elite, da classe média, do lumpemproletariado.
Autodenominam-se "politicamente incorretos". Nada. É só engenharia gramatical para "gourmetizar" o cretino.
Jair Messias é um "macho" de meia tigela. É frágil, quebradiço, fugidio. Nada tem em si de masculino. É um afetado inseguro de si próprio.
E, como ele, há também outras toneladas por aí.
O bolsonarismo reuniu diante de si um apanhado de fracassados, de marginais, de seres vazios de espírito, uma patuléia cuja existência carecia até então de algum significado útil. Uma gentalha ressentida, apodrecida, sem voz, que encontrou, agora, seu representante perfeito.
O bolsonarismo ousou voar alto, mas o tombo poderá ser infinitamente mais doloroso, cedo ou tarde.
Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista.
Jair Messias Bolsonaro é a parte podre de um país adoecido."
Paulo Brondi é Promotor de Justiça em Jataí, Goiás.
Sandra Regina
ResponderExcluirMuita crueldade
Obrigada pela excelente colaboração Arnaldo. Assino embaixo!
ResponderExcluirCesar Pinho Dos Santos
ResponderExcluirMinha querida, bom dia. Na praxe investigatória, quando existe interesse no vazamento de detalhes da investigação, o objetivo é confundir, tumultuar e esconder o óbvio, jamais o de encontrar a verdade dos fatos. Isso é tratado como contra-informação. Enfrentamos muito disso com a PM do Rio nos tempos da linha dura. Tudo para tumultuar as investigações. Lembro aqui o caso Marli quando um capitão da PM e seus praças foram acusados de execução na Baixada Fluminense.
É importante achar os corpos em território brasileiro pra evitar que digam que foram sequestrados pelo cartel das drogas colombiano.
ResponderExcluirMaria Lucia Felcker
ResponderExcluirEra dessa porteira aberta pra passar a baoiada que Ricardo Sales falava. Esta boiada tem nome - NARCOTRÁFICO, INVASÃO DA AMAZÔNIA, PERDA DA SOBERANIA.
Sandra Regina
ResponderExcluirMuita crueldade
ResponderExcluirPaula Dip
Dá sim! Eu digo que ele matou dieta ou indiretamente mais 600 mil pessoas na pandemia, e mata todo dia gente que passa fome e despenca dos morros nas enchentes, aquele moço que foi torturado por estar sem capacete e morreu numa câmara de gás dentro de um carro de polícia, o Dom e o Bruno na Amazonia, e vai continuar matando muita gente se não for tirado do poder, preso, torturado e morto. Como faz alegremente com tantos brasileiros.
Imagem de Bolsonaro-vampiro com texto que diz "o Exterminador do Próprio Povo"
Ramilson Rodrigues
ResponderExcluirFORA BOLSONERO GENOCIDA E DESTRUIDOR DAS NOSSAS FLORESTAS E DO POVO INDIGENA.
Pedro Luiz
ResponderExcluirAdministrador
Acho que os corpos foram encontrados, ou o que resta deles, mas voltaram atrás porque será outro baque revelarem que os dois foram jogados no rio para as piranhas comerem...
Tvz, até agora não houve nenhum explicação sobre a origem da informação do encontro dos dois corpos, que chegou até à embaixada na Inglaterra...
ExcluirPedro Luiz
ExcluirAdministrador
Celina Côrtes A informação que eu vi seria que a informação partiu do Itamaraty
Sim, eu tb. Mas o Itamaraty não esclareceu como conseguiu a notícia
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