Acorda Brasil!

 

Especula-se tanto se vai ou não ter golpe, enquanto ele desfila diante de nossos olhos, sutil, com artimanhas que fariam corar Maquiavel (imagem acima).

Tudo começou com o vital aparelhamento das instituições. Não fosse ele, o mandatário não teria chegado até aqui, com sua interminável ficha de atos, PECs e pedidos de impeachment, devidamente controlados por aliados e chancelados pela oposição.

Nesse ano de eleição o monstro passou a exibir suas garras. Enquanto Bozo patina nas pesquisas eleitorais, sua gangue se armou com a PEC do Desespero, a inconstitucional autorização para comprar votos.

As armas já estão multiplicadas como o milagre dos peixes.

Agora, foi dada a largada da violência que já se insinuava

Na semana passada o país se chocou com o assassinato do petista Marcelo Araújo pelo bolsonarista Jorge José Garanhos. E, como discutia-se urnas eletrônicas e demonizava-se o STF no auge da pandemia, agora a questão é se o crime foi político, quando os fatos estão aí, escancarados.

Sábado, o comício pacífico de Freixo na Tijuca foi atacado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim – o mesmo que destruiu a placa de Marielle. Recado? Atos por candidatos que não sejam ‘os nossos’ sofrerão as consequências.

No mesmo dia, outro ato, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, foi invadido por PMs.  

Enquanto isso, multiplicam-se aqui e ali ataques misóginos, sexistas e racistas e ameaças a jornalistas.

E atenção: já circula nas redes alerta de que o lançamento da candidatura do Inominável, no Maracanãzinho, poderá ter um atentado que será atribuído aos opositores. Senha à reação.

O jornalista Leandro Demori avançou no que ele mesmo chamou de “Estrutura de dominação do pensamento”:

No dia das eleições, os eleitores de candidatos que não sejam o Bozo – sobretudo os de Lula, que está à frente nas pesquisas -, amedrontados, evitam exibir camisetas e bandeiras de seu escolhido. De forma que prevaleçam as propagandas bolsonaristas que, como se sabe, roubaram nossas bandeiras.

Mesmo se não houver violência e tudo correr na paz, na hora da contagem de votos, vence a oposição. E essa ausência de propagandas partidárias nos locais de votação será o mais forte argumento dessa turba para alegar a tal da fraude, já alimentada pelo discurso presidencial.

Para completar esse cenário macabro, a apatia impera. 

Acorda Brasil!!!