Cada macaco no seu galho

 


Enquanto o Ministro da Defesa insiste em dar pitacos nas eleições onde os militares não são chamados pela Constituição, o TSE já anunciou o repasse de R$  110.614.522,30 às Forças Armadas.

Não se trata de agrado ou de puxassaquismo. Tem endereço certo: Garantia da Votação e Apuração e Apoio Logístico. 

Embora em conluio com os anseios golpistas do mandatário, onde generais palacianos – Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Rocha, Hamilton Mourão e Paulo Sérgio Nogueira – insistem em se meter, as funções dos fardados sempre foram muito claras.

Ou seja, a realização de eleições em um país de dimensões continentais como o Brasil poderia ser inviável. Não fosse a parceria histórica com os militares. Cabe a eles o apoio logístico, transporte de materiais, das urnas eletrônicas e funcionários a locais de difícil acesso.

Eles também respondem pela ajuda auxiliar à segurança e manutenção da ordem durante a votação, em resposta a alguma solicitação da Justiça Eleitoral. Ponto.

O TSE esclarece que pedidos de apoio logístico ou de emprego da tropa para a manutenção da lei e da ordem só ocorrem após análise prévia do plenário da Corte. Se aprovada, a demanda é encaminhada ao Presidente da República. (E é aí que mora o perigo...)

Desse quinhão, o Exército recebe a fatia mais gorda: R$ 38.424.038,64, valor superior ao de 2018, com as correções provocadas pela inflação. 

Ainda assim, o general Nogueira tem insistido em sua descabida proposta de promover uma apuração paralela com votos de papel, em clara adesão às sucessivas manifestações do mandatário de desacreditar nosso processo eleitoral.

O ministro Fachin, que se mantém na presidência do TSE até agosto, afirmou que as sugestões foram “acolhidas e analisadas” e “encaminhadas”. E, caso a apuração paralela seja adotada, só em 2026.

Quanto à agitação convocada pelo Presidente para nosso Bicentenário, o ministro Fux – peça chave para evitar a invasão do STF por bolsonaristas no ano passado – já avisou que permanecerá na Corte. Com esse mesmo objetivo. 

Ou seja, blindar as convocações do Presidente para atos de seus aliados, tanto no 7 de Setembro quanto nas eleições. (Quanta energia que podia ser melhor empregada...) 

Enquanto o presidente do STM, general Luís Carlos Gomes Mattos (foto abaixo), deixou claro: “A Justiça Eleitoral é responsável pelo funcionamento daquilo (eleições). Nossa missão é diferente, garantir que o processo seja legítimo”.


E, para concluir, o ministro Celso de Mello classificou o chefe do Executivo como "medíocre", "desprezível" e avesso à democracia.


Comentários

  1. É isso: o artigo está ótimo e o chefe do Executivo é um bosta, não vale um peido de um jumento, aliás jumento que ele é, com meu pedido de desculpas aos jumentos.

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