Empreendedor foge do bolsonarismo
Ele não fugia da
violência ou da crise econômica, e sim do bolsonarismo. E do que possa sobrar
dele.
"Aquelas
pessoas que saíram do armário (...) se sentiram autorizadas a expressar o
racismo, a misoginia, o preconceito, a desfaçatez e até a falta de educação sem
pudor, elas não vão desaparecer do dia para a noite", argumenta.
Para Dalla
Nora, o bolsonarismo é a forma como esse grupo pensa estrategicamente, na
vida pessoal e nos negócios. “A maneira como tratam as mulheres ou subalternos
no elo mais fraco da cadeia, a moral elástica, a falta de empatia total pelo
outro. (...) Esse comportamento deplorável aflorou. Quem tinha um pouquinho de
pudor e se continha não tem mais.”
Durante a
pandemia tudo ficou mais visível. “A maioria absoluta dizia que não ia
obedecer confinamento, que ia manter seus negócios abertos porque só ia morrer
pobre e velho e então, 'foda-se’. "Se eu pegar, vou para o Einstein”, dizia um, referindo-se
ao hospital paulista.
Pai de uma
menina de 10 anos com paralisia cerebral, ele percebeu o quanto o ambiente piorou
para a filha nos últimos dois anos. “Na escola, mas principalmente no clube. O
incômodo das pessoas com a presença dela. Não era assim, mudou muito
rapidamente. E se piorou no meu nível, imagina para as pessoas que têm muito
menos do que eu”, especula.
Em almoço
no BTG Pactual, que reuniu Bolsonaro e Paulo Guedes com o crème de la crème da
elite financeira, ainda na campanha de 2018, o momento em que o candidato foi mais
aplaudido foi quando fez "arminha" com a mão...
Segundo ele, a elite
brasileira passou a pensar, não posso mais dar uns tapas na minha mulher, não
pagar minha empregada, tenho que conviver com um bando de gays... Ouviu de um deles:
"o bolsonarismo é libertador".
“Percebam:
estamos no fundo do poço da merda. É preciso salvar o paciente primeiro. É
preciso sair desse buraco civilizatório e normalizar um pouco as instituições.
Depois, vê-se o resto.” Por isso, votará em Lula pela primeira vez.
Em breve, inaugura um bistrô francês na capital portuguesa, cujas receitas levam ingredientes brasileiros, decorado com obras de artistas modernistas brasileiros.
A merda ficou do outro lado do oceano.
Carlos Minc
ResponderExcluir🌻💪🌿☀️🦋🌏🎷
Regina Costa
ResponderExcluirOs que puderam foram embora, mas aqui realmente está muito triste, com essas pessoas sem noção
Angela Benevides
ResponderExcluirPois é. Tá difícil viver aqui . Mas vai passar, em outubro a corja toda volta para os esgotos
Monica Martins
ResponderExcluirPortugal não está ficando atrás, brasileiros vem sofrendo preconceitos diversos. Leia Anderson França e ficarão sabendo do que a direita portuguesa é capaz.