Sequestro da Nação brasileira

 

“No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições. Estado Democrático de Direito Sempre!!!”

O texto acima é parte do manifesto organizado pela Faculdade de Direito da USP e assinado por mais de 500  mil pessoas, entre juristas, banqueiros, empresários, artistas e representantes da sociedade civil, é uma resposta à chanchada do Presidente a embaixadores e às suas constantes ameaças.

Já chamado pelo Presidente de "cartinha".

Outros, como o organizado por lideranças empresariais e jurídicas, com participação da Fiesp e Febraban, já supera 100 mil assinaturas. A mais recente ousadia do dirigente sacudiu o coreto dos brasileiros.

E, enquanto o Centenário da Independência foi comemorado pela monumental Exposição Universal, com a construção de oito pavilhões na área antes ocupada pelo Morro do Castelo, no Bicentenário só nos resta fugir dos aloprados.

Da mega exposição permanecem o da Administração, ocupado pelo Museu da Imagem e do Som; o palácio da França, hoje Academia Brasileira de Letras; das Indústrias, ex-Arsenal de Guerra e atual Museu Histórico Nacional e de Estatística, onde fica um órgão do Ministério da Saúde.

E agora, o que temos? A convocação do Presidente para 'o povo' (ou 30% da população) ir para as ruas, em sua mórbida tentativa de desconstruir o conceito de Nação, já adiantado pelo sequestro de nossa bandeira verde e amarela.

Convite à baderna, com o devido aviso prévio do filho 01, de que o pai não se responsabiliza pelos atos dos seguidores. Como no assassinato do petista Marcelo Araújo em sua singela comemoração pelos 50 anos, quando o único gesto do mandatário dirigiu-se aos irmãos bolsonaristas da vítima.

Quem deveria agir anda para trás, como Arthur Lira, avalista de qualquer iniciativa que possa significar a reeleição, ou da PGR, que acaba de pedir o arquivamento das denúncias da CPI da Covid contra o mandatário.

Enquanto isso, no país sem corrupção não param de pipocar escândalos de...corrupção. Protagonizados pelo Centrão, que ganhou de bandeja a Codevasf, a Odebrecht do atual governo. Os cerca de 500 municípios onde atuava em 1974 agora são em torno de 2.600, devidamente agraciados pelas deferências do orçamento secreto.        

E a porteira da compra de votos foi escancarada pela PEC Kamikaze, que arrombou nossos cofres e retornará como bomba fiscal e inflação em 2023.

As maiores vítimas serão os pobres, sobre os quais o capitão finge que se importa em ano eleitoral.

Chega!!!