Alô alô evangélicos

 

Se Jesus Cristo estivesse vivo e brasileiro fosse, em quem você acha que ele votaria? Dada a dificuldade de ambos se elegerem, ficam fora da enquete Ciro Gomes e Simone Tebet.

Comecemos pelos traços do Presidente. Durante a pandemia do coronavírus, entre a saúde e a economia, ele optou pela segunda. Só que suas ideias curtas não lhe permitiram enxergar que as duas coisas são associadas e que a segunda não sobrevive sem a primeira.

E, para empurrar os trabalhadores de volta às ruas, quando a única defesa contra a doença era o isolamento, ainda forjou o golpe do vigário da cloroquina, que não salvou ninguém.

Para piorar, ainda cometeu desatinos como imitar gente com falta de ar ou mentir que a doença mortal era só gripezinha.

Junto a essa avenida para a morte, multiplicou a circulação das armas, quando se sabe que se há uma eficaz lei de causa e efeito é: quanto mais armas, mais óbitos.

O que poderia explicar esse mórbido fascínio? Necessidades fálicas de autoarfirmação ou dinheiro no bolso da indústria armamentista? Nunca saberemos.

Até o auxílio emergencial, que ele queria de R$ 200 e o Congresso subiu para R$ 600, foi depois removido por meses, condenando essas pessoas à fome que já atinge 33 milhões. E nunca olhou para os pobres, a não ser perto da eleição.

Como se sabe, o auxílio turbinado vai só até dezembro.

O concorrente, para quem se lembra, contaminou o planeta com seu discurso contra a fome – que volta a bater à nossa porta – logo em seu primeiro mandato. 

Colecionou políticas públicas para reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população.

Ok, ambos escorregaram na casca de banana da corrupção. Pode até se dizer que o mensalão e o petrolão foram mais contundentes. O mandatário, porém, atrasou a aquisição das vacinas e manteve o general que optou por compras superfaturadas - nunca confirmadas - à frente do cargo mais essencial, naquele momento, para salvar vidas.

Fora o balcão de negócios escusos que virou o Ministério da Educação, quando mais precisamos dele para resgatar as crianças que perderam o bonde do ensino pela pandemia. 

Ou ainda o orçamento secreto. Equivalente ao mensalão. E deixou rolar a destruição de nossas florestas.

O mandatário é a favor da tortura, contra o aborto e a liberação das drogas. O ex-presidente não tolera tortura, acha que o aborto é uma questão de saúde pública e estuda mudar a lei de drogas para reduzir o encarceramento.

Mais: o capitão prega o ódio, enquanto o petista prega o amor.

Alguma dúvida sobre qual seria o candidato de Jesus Cristo?