Pelo INCRA Aquilombado
“Eu fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá
pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve
mais.” A frase racista do Presidente, pela qual ele nunca foi penalizado, não é
nada em relação ao que acontece.
Cansados do desmonte das políticas em defesa das
comunidades quilombolas, servidores do INCRA acabam de divulgar uma carta pública de
repúdio ao atual e nefasto Governo.
Tudo começou pela transferência do INCRA para o
Ministério da Agricultura, quando as políticas de proteção aos quilombos foram
entregues de bandeja ao ‘inimigo’. Leia-se, os ruralistas.
Desde 1988, a política quilombola tem atuado para
reparar injustiças
a que tem sido submetidas essas comunidades desde a colonização, que manteve o mais duradouro regime escravocrata do planeta e jamais ressarciu os negros do prejuízo tomado dos senhores de escravos.
“ A
regularização fundiária executada pelo INCRA opera em uma lógica diversa a de
políticas baseadas na propriedade e posse civil e na lógica produtiva e
mercadológica da terra”, esclarece o documento.
“A
compreensão das diversas situações fundiárias das comunidades quilombolas e de suas dinâmicas (...) é objeto de um complexo trabalho técnico e de
procedimentos administrativos, sobre os quais as servidoras e servidores do
INCRA produziram conhecimento e aprimoramento ao longo de quase vinte anos de
atuação a duras penas”.
Tudo,
apontam eles, “ tem sido sistematicamente desacreditado e desconsiderado nas
ações em curso no INCRA”. E explicam o por quê:
“Em 2019, o INCRA
sofreu modificações que impactaram profundamente sua missão, com a MP
nº 870/2019, depois Lei nº 13.844/2019”, que passou as atribuições de reforma agrária, regularização fundiária de áreas rurais, Amazônia
Legal e terras quilombolas ao Ministério da Agricultura."
A pasta
voltada à agricultura familiar, à qual o INCRA era vinculado, foi simplesmente
extinta.
Assim, o
acompanhamento da regularização fundiária dos quilombos passou a um
ministério cuja finalidade é fomentar políticas voltadas ao agronegócio, “promovendo-se
um desvio de finalidade gritante e um conflito de interesses”.
Óbvio está
que o Ministério da Agricultura não possui estrutura e muito menos expertize
para lidar com a questão quilombola, com seus cargos
políticos, e não técnicos.
Para culminar
o absurdo, a partir de 2020 o INCRA passou a ser responsável pelo licenciamento
ambiental de empreendimentos que afetem comunidades quilombolas, competência que
antes cabia à Fundação Cultural Palmares, como se sabe, atualmente presidida
por um racista.
"Queremos um INCRA
Aquilombado e para as comunidades quilombolas, JÁ! O Brasil é Quilombola!
Titulação dos territórios quilombolas! Pelo fortalecimento do INCRA e respeito
aos seus servidores e servidoras!”, bradam eles.
No que depender da nova pesquisa Datafolha, o drama acima tem data para acabar. Lula ficou com 50% dos votos úteis, enquanto Bolsonaro tem 36%. Há chances, portanto, de vitória ainda no primeiro turno.
Quanto ao debate, desisti quando vi o falso padre elogiando a Cultura desse Governo e demonizando a da gestão petista...
Marilia Reis Costa
ResponderExcluirBozo perdeu a memória!!! Só lembrar o que aconteceu depois do efeito LULA!!!
Êta desgoverno mentiroso!!!
Gerson Wagner Claro
ResponderExcluirEu assisti até o fim, mesmo quando o padre "de quermesse" falou todo o tipo de obscenidade cultural e política.
Ele estava lá com o copiloto do genocida. No início, parecia um alívio cômico de ópera bufa, mas depois era insuportável ver e ouvir todo tipo de maluquice.
Ainda sim, vi até o fim, para tirar minhas conclusões.
Não muda nada o jogo a 3 dias do pleito.
O mais incrível foi ver a Tebet pôr o miliciano no lugar dele. Foi fantástico.
Sim, foi dos pontos altos do debate. Embora meu voto seja do Lula (único que tem chances de eliminar o verme), Tebet foi a melhor
ExcluirPamela
ResponderExcluirpalminhas
Ricardo José Lopes Clemente
ResponderExcluirAlém do genocida do povo brasileiro tem dedos do Guedes, também um genocida do povo!!!