Abaixo trabalhadores e aposentados

 


Como se não bastasse a corrupção escancarada do orçamento secreto, o Bolsolão, o ministro Paulo Guedes já tem pronto um projeto a ser implantado em 2023 para preencher as lacunas deixadas pelo indevido uso do dinheiro público.

Para frear as despesas que pressionam o Orçamento, ele vai propor que as aposentadorias deixem de ser vinculadas ao salário mínimo. E este, ao invés de ser corrigido pela inflação, o será pela projeção da inflação para o ano seguinte.

O projeto enterra um dos principais avanços da Constituição de 88, que passou a corrigir o mínimo pela inflação e o atrelou à previdência e aos projetos sociais.

Aliás, já são quatro anos sem aumento real do salário mínimo, enquanto no governo Lula a valorização foi de 77%.

 A Folha comparou: o reajuste de 10,16%, proporcional à inflação de 2021, poderia cair para 5,03%, conforme o IPCA projetado no início de 2022. Ou ainda para 3,5%, no caso de considerar a meta de inflação no exercício do ano.

A proposta, apresentada por Guedes como um eficiente legado de sua gestão, seria viabilizada com a reeleição do Presidente e pela apresentação, em 31 de outubro, de uma PEC.

O diabólico projeto, chamado por ele de  "novo marco fiscal", reforçaria o tripé macroeconômico, formado pelo câmbio flutuante, as metas de inflação e as metas fiscais.

O ministério vê na medida um jeitinho para inserir cerca de R$ 100 milhões extras no teto de gastos, de forma a viabilizar promessas de campanha como a manutenção dos R$ 600 do Auxílio Brasil, o pagamento de 13º para beneficiárias mulheres e garantia de verbas como a da Farmácia Popular.

Vai empobrecer outra parcela gigante de brasileiros, mas é do jogo bolsonarista, desde que os poderosos não sejam afetados.

Além da perda do poder de compra do salário mínimo, recebido por 38,22% da população, os aposentados, muitos deles esteio de famílias, são 20% dos brasileiros. Aqueles acima de 60 anos somam 31,2 milhões.

Em miúdos: a mudança significa a correção do mínimo e da aposentadoria abaixo dos índices de inflação. O que também reduz o valor do salário desemprego.

Após o estrago feito, o mandatário correu a prometer aumento real ao salário mínimo. Só que a benesse não consta do Orçamento de 2023, assim como a manutenção dos R$ 600 de Auxílio Brasil também prometida.

Tudo bem que o tapete é curto. Porém, o plano é deixar na mão os assalariados, desempregados e a população que já não encontra vaga no mercado pela idade avançada. Tudo para corrigir as ciladas eleitoreiras de 2022.

Comentários

  1. Uma nação empobrecida vai ficar na miséria.

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    1. Parece que vai ser difícil escapar disso quem que seja eleito

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  2. Natalia Fontão
    Conexão de 1º grau1º
    Content Strategist / PR
    23 h
    Oi, uma dúvida: você cria isso da sua cabeça? Foi bastante esclarecedora a entrevista de ontem do Presidente para o pool de veículos, no SBT. Hj você tem nova oportunidade de ouvir a fonte, para saber o que ela fará, como fará - tem live às 17h. Uma oportunidade a mais para aprender, aí não precisa nem inventar.

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  3. É, inventei uma decisão do Paulo Guedes que saiu nos principais jornais, tanto assim que o presidente correu a desmenti-la e prometeu a correção do mínimo, o que nunca foi feito nesses quatro anos, porque a intenção de Guedes vai contra outras mentiras que ele promete, como da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600. Nem a correção do mínimo ou do Auxílio Brasil constam do Orçamento de 2023. Só mesmo muito trouxas para continuarem acreditando em tantas mentiras

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